POEMA COLETIVO 18/10/2006

POEMAS COLETIVO

Rita e ela
cruza as pernas
do seu jeito
que me deixa
rato da vida
da liberdade
rato da lealdade
com muita ciseradade
... Sou uma saudade em rascunho, na ausência de amor em mim,
Não há você, tem faltas entre instantes e cigarros ...
... entre pensamentos e janelas
olhares longíguos e eternos
pelo menos o olhar é começo
e o pensamento é ágil
vamos aonde?
queremos o quê?
só sei que quero ...
A vontade de ir sem ter que pensar
A vontade de pensar s/ ter que ir
A lugar algum. A nenhum lugar.
A liberdade do rato-lugar
Encontrar cadeiras e luz de apagar
cervejas, soufejar, largar, pedir encontrar
Pitar de pernas cruzadas
ou estradas de entre-lugar.
Lugar onde descubro meu eu, meu parecer, meu observar, desejar, pirar; onde sou todos e ninguém
Que mundo de merdas que fedem e cheiram bem! Que vida de merda!
Não tem graça a graça que deveras tem!
E ... "
São tantas esquinas que ando
tudo espera nas horas
sobre esse chão de pedras
onde tropeçam os passantes
que correm para os abrigos.
Seguem o itinerário dos comuns
para dormirem o seu sono imaginário.

No fim não passou de eternos instantes
largados a sombra e poeira de uma estante.
Pó ... só ... nós ... nos entre verbos e rimas, ratos aglomerados num beco da Lapa ... estante virou poesia marginal

Hoje pe dia de paixão,
das paixões,
dos amores,
são tantos nesse beco
chuvoso que me ilumina
a vontade de VIVER!
Vamos VIVER
Vamos VIVER
Vamos VIVER
se jogar e escrever
se jogar e escrever
rabiscando se entende.
rabiscando se troca.
jogar para trocar
rabiscar para se jogar
rabiscando as letras como outras jogaram as conchas.
rabiscando as folhas como outros jogaram essas letras
ao vento
Ao som polifonico, vem você, me falar de amor ...
eu bolado cheio de dor
mas nesse momento eu prefiro amor
hoje é dia de amor
dia de alegria e folia
hoje é dia do cão
do cão que bebe e fala
e eu vou lambendo sua baba
na aba de tanto poeta
trago comigo o vetor, a seta ...

Espero que seja centrinca
e que acerte no alvo
pois levar seta prá rua
é coisa de gente incerta

Sinal fechado
no intervalo do sinal
espero pelo amarelo
gosto de intertíscios
pra que verde?
pra que vermelho?
por que ter que ir a algum lugar
espero
não faço
quem não faz nada
vive a hora
pra que acontecer?

Se esvai o vômito em direção
ao bueiro ...
o sentido faz com que
tudo é permitido
álcool em mim!
Não alkimim
Golpe na poesia, golpe na democracia
golpe na hipocrisia
é coice de mula
Viva o poeta
Lula!!!
Lema, teima, intriga
maristela e sua barriga
Ratos ... ratos ... formigas
pro caralho!


Obs.:
alguma palavra
escapa
ao olho que lê
a letra
que não se quer
decifrada


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