Poema-bilhete (para-quedas no coletivo)

Um poema barato (no Beco dos ratos)

Meu único desejo é com a vida!
é nesse clima que eu sigo a rima
não há outra sina!...então se afina!
Por que você não se aproxima,
E vem conosco beber?

Eu não quero saber nem teu passado...
Joguemos apenas um carteado, meu caro
O meu faro é para aquela de perfume raro,
Que se aproxima numa noite clara
E alva...quase sem querer,
Chama-me atenção apenas por puro prazer!

E nesse bar de esquina, digo...
É nesse bar de esquina
Que eu, aqui na quina,
Então vos pergunto...
(então te pergunto!)

no formal encargo do boêmio inculto,
além do meu estado de pinguço,
sem o menor interesse em quem vai me responder
(ou se você vai me responder)

o que mais tenho eu,
além da nobreza de um plebeu
para oferecer à você?

Leandro Fortes

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