Poema Coletivo-RATOS di Versos- Beco do Rato- (18/04/2007)

mais um tiro mas o rato ainda respira
já teve o rabo decaptado
mas o que é rabo para aquém do rato?

se este bafo de cachaça
tanto incomoda, se sou nada
me deixa livre ensta dança

mas entre tanto sua voz florescia
desabrachava em meus ouvidos poesias e rotas esmorecidas
enquanto eu corria para o fim do mundo
atras de alguma paz
SAPATOS FURADOS

debaixo desse cheiro torto
atrás daquele muro morto
tem mais que ratos excluídos
tem versos sensíveis e bonitos

sou seu cio
sou seu ócio
sou seu sócio
do prazer...
do poder

pode ser que alguém dê
alguma idéia
do que seja alguma coisa
parecida com o que somos
hoje ontem
nada, nunca
seja sempre tudo
seja, seja...
livre, contente, louco delinquente

o rato vive no beco
o beco e o rato
formam um par
que é ímpar

mínamora delli´amore
m´improvisa poeta
m´insegura a sangrare

adentro
mar adentro
dentro do mar
sinto o vento
sinto o tempo
e liberto o pensamento

dentro do mar bóia um sapato
embabido em cachaça e cinzas po[eticas,
e dentro navega numa fúria de se
fazer ouvir um rato que rói o verbo
e encarna a palavra

um outro dia eu tive um sonho
sonhava que ia
e depois que fui
descobri que nenhum caminho fazia
mas felizmente a cada sonho que tinha
a consciência que sempre ia.

só ontem ou amanhã
hoje nunca!!!!

nasceu o filho do ovo
vai ter sola de terreiro
ou frango assado no almoço

agua pedra em mole dura
fura bate até que tanto

poesia é muito bom
catarse, tudo vem tudo vai
agora sim! ontem nada
amanhã será
e poeta ainda serei
o terror dos popies
e dos próprios hippies
people
ouçam agora estrou aqui disfrutando
nesse canto divino

era uma vez...desculpa não sei cantar
então é impossível continuar
com tudo o que ia dizer
fazer, escrever, comer, beber
e esse danadinho do r no final
verbe-se
e r ia, mas quando fim
já não servia.

POema Coletivo RATOS di Versos - Beco do Rato- (04/04/2007)

encaixotaram os RATOS
os auto falantes não podem ficar
no fundo da caixa
mesmo que seja uma caixa
amarela
desencaixotem os RATOS!
eles querem ficar nos bueiros...
livres dentro e fora dos bueiros
nos canteiros de sangue onde a vida
mergulha no alfa-ômega de mim.
mergulha-se no âmago de mim
mergulha, mergulha, mergulha
encaixotar os ratos
esncaixotar a poesia
encaixotar a voz
matar a alma
mataram a alma encaixotando
a poesia da Rataiada e deixando
o Beco calado e vazio aonde só
uma bicicleta repousa calada...

tem muito queijo de rato
poemia aqui me tens de regresso
e confesso
o queijo está mais vil
que o rato.
o rato só me ratifica se eu estiver fraco
o freio estava estabelecido como muro
muita coisa sem sentido... oposto

no fundo do poço ratos
no largo do machado
ratos
na história dos homens
ratos

a física estuda movimentos, optica, onda
como Gonçalves Dias dizia
minha terra tem palmeiras
como canta so sabiá
as aves que aqui gorjeiam
não conjugam como lá
os físicos são como condor
não parecem
mais no fundo
cantam como o amor

não aceito esta conversa cara
quem espera tempo bom é sertanejo
não leve a mal, me dê o meu agora
em festa de rato não sobra queijo

quem dera, ser tudo que mamãe quisera...
quem dera, ser tudo que se precisa nessa nova era
no entanto, sou apenas alguém, com uma
prestação nas casas bahia´s
sou apenas um homem vivendo todos os dias.

enquanto há noite, há vida!
alma sobrevoando o céu, faz tudo
esmorecer; matenho o pensamento
quieto
penso;bebo;fumo;penso!
será;sempre é como termino.
dúvida? não sei!
ironia do mundo a gente dorme
ele não
mas tudo bem, amanhça é outro
dia mesmo.
assim termino mas será que
comecei?
a noite é feita para se encantar
conhecer, amar, brigar
sorrir, cantar, sofrer
ficar, transar, romper...

Poema Coletivo RATOS di VERSOS -Beco do Rato (07/03/2007)

hesita o grito
escondido sob a janela
...
aberta que venta amarela
desejos de ratos que sentem
fatias de queijo
em torpes veias esquisitas
cheias de furos e entorpecentes
quando a nascente poe´tica e insana escorre pelo
Beco sua inspiração chapada, etílica, erótica, esquecida,
renascida a cada gole de versos que
transboradam pela Lapa o florescer da escrita.

mesmo quando ando em penhascos
ergo minha cabeça ao sol do dia
esquecido daqueles que forjam o aço
sou este andarilho sem itinerário
caso você não me suporte, sei de mim,
nesse extrato de tempo, pó e asco.
a cada pomba aquecida, sou mormaço
nos estepes dos lobos bobos que uivam para uma lua que encaminha o poema
que surgem do alto do céu da bca
rasgando o verbo do poeta

eu, já não me esqueço do longe
nem dos forjadores
ou do homem que me disse
vá!
para onde?
pouco nos importou no momento
mas existia uma mulher, uma
rainha, a motivação que faltava
à um coração cansado. não hesite!
uma mulher que está aqui de passagem
estava aqui por um acaso, e eu
a abracei!!!

]agradeço aos irmãos RATOS e RATAS da poesia
ultrabruma pelas preces
que me fizeram
+levantaram do leito
quase morte
+ aqui estou, pelas letras
apontadas para o futuro
sim, haverá futuro
os animais poéticos o
conseguirão transpor
as amarras do tempo
doente. obrigado.

esta lua minguante
me deixa errante
em busca da poesia partida
dádádádá
dadá e carinho e a lua
e o chuvisco da sua
dadadadadada...
assegure o céu
do seu sonoro simbal!
mulher sem eira nem beira
gosta de bebedeira
ouve seca por poesia
ama o invisível
e sacia todos a sua volta

passa
passa
passa
oi?
no sex
no sex
mulher que gosta de rima e prosa
mas não sacia com a rosa
e seu verdadeiro imã
é muito sexy em sua volta
é muita volta na translação da terra
é muita terra asfaltada
é muito asfalto tampando a terra

garafa, garafa amada,
o que você esconde lá?
ja tá enchendo minha pança
será que você vai me deixar tranquila?

vagabundei nos tudos cafés
tentando esquecerte

garrafa! garrafa maldita!
és o motivo de minhas tormentas?
ah! não! não lamenta!
és o que quero para meu fígado
para meu signo
para uma vida bendita
e mal dita!!!
viva a vida, ela é foda e única!
eu amo a vida e quero e sei que será eterna!
e com certeza a mais BELA!
é gol! porra!
mengo!
souza!
o cão o chão o pão
tesão carlão então
tá bão vai irmão
valei-me Deus!
poema poesia podreira porcaria
no Beco
no seco
eco...
então pa direita Maria
lá me vou

se vou não sei exatamente
tão dizendo isso aí!!!
então deixo para lá
e esqueço o fio e o fim da meada
moída e esmerilhada no chão da verdade
da idade esquecida e lembrada
sem vergonha de perguntar
se não sei pergunto
na ida na volta
e o que dizem acredito
sei lá o que vai dar se ele nã acreditar!
o que pensar? uma hora não me atende...
quando aparece some!
cadê você?
é uma pena...precisava de você...
ao menos para conversar...
como te quero...tudo bem!
ao próximo brinde, à nossa felicidade...
hoje e sempre! Amém...

RATO NO BARTELIÊ

SEXTA - 27/04 - a partir das 20h - $ 5,

Barteliê

R. Vinicius de Moraes, 190 - apto 03 - RJ

Ipanema (esquina com Nascimento Silva)


SabaSauers apresentam:

Movimento inVERSO

http://movimentoinverso.blogspot.com



"Tem que acontecer alguma coisa, meu bem.
Parado é que não dá pra ficar!" Raul Seixas

Estrelando:


Dudu Pererê
do Ratos Di Versos
www.verbologue.zip.net

"proponho e imploro que não me rotulem!
e se precisar de etiqueta pra entrar nessa festa
em meu rótulo eu quero a palavra vazio"
dudupererê

*

Kyvia Rodrigues
poeta e atriz

Maloquerista no Beco



Entre outros: Ivny, Dudu, Caco, Berimba, Pedro Tostes, Alfredo Herkenhoff, Dalberto (ao fundo)

O poeta é um ratinho ou um ratão (Poema de Ratos - Uma série)

Queria te invadir com minhas palavras
minhas palavras e meus sussurros
sussurros ao pé do muro
ser seu arrimo, seu sorriso
Queria te preencher com minhas palavras
e ocupar todos os seus espaços
te carregar em todos os cansaços
e ser a tua boca, tua boca
e ser todo nela


Marcelo Nietzsche
para F. Pessoa

todo poeta é um farsante
rouba a dor
de qualquer passante


Marcelo Nietzsche

de tanto pensar, pensei

amanheceu

deveria pensar menos


Marcelo Nietzsche


Poema Coletivo (RATOS di VERSOS)-Beco do RATOS de 21/03/2007

O sábio é um sabiá que sabe
Que quero nada, nada, nada,
Sabe...
Sobre vida / sobre música/
Sobre louco/ sobre são
Sobremesa
Sobre a mesa o prato principal
Pão, água e principalmente
A mistura
Misturada com pimenta
E farinha
Á se uma purinha rolar é luxo!
Porque a pura pode levar
Para o puro prazer da
Vida que é a fantasia
A fantasia da vida
É um arlequim desengonçado
Que nem eu
A fantasia da vida
É desfantasiar
A fantasia
Que se misturam no brilho das estrelas
Juntamente com seu sorriso
Tão lindo...
Tão lindo como o sorriso da
Criança, que fantasia a vida
E vivendo fantasiando é imensamente
Feliz
Alegria é sempre chegar no Beco do Rato
E confraternizar com os amigos

De repente, porém, paro
Paro e saio
Do Beco do Rato,
Doa amigos,
De mim

Fica o seu sorriso
Que desbanca as estrelas
Na bela noite negra... feia... seca.
Chego de repente sem sentir depressão
Pois o clima é sempre de muita decsontarção
E toda alegria e fantasia se renovam
Renovam-se
E aqui inovam-se
Versos e atitudes
Loucuras e imagens diletantes

Somos potencia
Meio consciência
Meio paixão
E todo divertimento
De trazer alguma emoção
Alô alô
Ouviu antes? Não. Então ouve
Agora que ouves
A alegria nunca se renova
O fim e a dor
são normais e boas
mas não está na hora
ainda existem asas pra voar
palavras para cruzarem o Beco
o Beco brota
o Beco posta
saudades, vontades,
o Beco mora
no coração do poeta
para sempre

cheguei
bebi
venci

troquei
aprendi
venci

Conheci
Aprendi
Amei

Estou aqui
Porque cheguei
A poesia num arrastão
Não sei como vim
Muito menos como sairei...

Não me interessam os 1000 do Romário
Não me interessa saber quem é quem
Atrás do armário
Tiro uma de otário
Dia da discriminação racial
É só social
Não vou xingar o português
E nem de filha da puta o chinês
Os RATOS a raiz
É melhor do Brasil
São os RATOS DI VERSOS
Invadindo e se perpetuando sobre
A Guanabara, sobre o Cristo e o Pão de Açúcar e no estalar poético da
Primeira onda quebrar no alvorecer
As palavras se livrarão das ratoeiras da censura...

E do bueiro saem os RATOS
Que se entrelaçam nos becos e esquinasRatos poeéticos, cariocas sangue-bomroedores da alegria, brincalhões do asfaltoroemos a Lapa! Roa-se a poesia!alguma coisa que aconteceem que a língua seja sempreserá o que é, aquilo que é.

TEM RATO NESTA SEXTA NO MUSEU



o Museu da República
convida você para a

[ REPÚBLICA DOS POETAS ]

Sexta Feira Treze - 13 / 04 / 2007

19 hs - 22 hs - Entrada Franca

Rua do Catete 153 - Sala Multimidia

POESIA EM PERFORMANCE
Beatriz Tavares - Marcelo Nietzsche - Mano Melo

TECLADOS
Junia Lyrio

DANÇA DO VENTRE
Carolina Ninô

VÍDEO
Cactos Intactos

Na Sobremesa a atração é V O C Ê !

Traga seu P O E M A !

direção geral: Ricardo Muniz de Ruiz


apoio
Estação de Ferro do CORCOVADO




Ricardo Ruiz e Marcelo Nietzsche

O MARCO DA CULTURA ALTERNATIVA

Um pouco da arte alternativa faleceu ontem, 10/04/2007.
Arrefeceu-se a adrenalina, a vontade de chutar o impossível e cuspir na cara do improvável.
Faleceu Mrco Antônio Ruiz. A cultura que não planejava e sim os transformava em fatos.
Foi para o bar de cima um grande amigo, irmão e uma face da cara da cultura carioca e brasileira ...

Ratos di Versos
by Carluxo

Ela releva, eu renego

Eu reflito, ela repete,

Ela rejeita, eu refeito

Eu reteso, ela repele,

Ela recorta, eu recobro

Eu recordo, ela ressalta

Ela recolhe, eu rebato

Eu rôo a corda, Ela

cai



Marcelo Nietzsche

RATOS DI VERSOS EM SANTA TERESA

Rato que é rato se adapta, se diversifica. E os Ratos di Versos na IV Semana Santa foram os camundongos di versos.
No Largo dos Ratos, quer dizer, no Largo das Neves, mais uma vez as pessoas se apresentaram para falar poemas.
Mas desta vez eram pequenas, pequenas pessoainhas, fantásticas, assumiram os microfones para recitar.
Salve! E muito obrigado: Max, Cristina, Maria Paola .....

IV SEMANA SANTA EM SANTA TERESA

ESPECIALMENTE
HOJE, 07 de Abril, ÁS 20hs.
RATOS DI VERSOS NO LARGOS DOS RATOS,
quer dizer,
LARGO DAS NEVES.

DIZEM QUE RATO VELHO VIRA MORCÊGO.
BARTMAN ENCONTREI RAPUNZEL NA SACADA

Se a poesia é um rio
me joga uma mesóclise
que eu rio