Poema Coletivo RATOS DI VERSOS -Beco do RATO - Lapa (27/06/07)

pela zuzu, os RATOS fazendo
festa, festa, festa...
festaaaaa!!!!! alegriaaaa!!! poesiaaaaa!!!

no meio da rua e em qualquer lugar
a cada volta -revolta
para o retorno; palavras
para o fim, círculos
para o meio, cálculos
eu ju
eu ju
eu juro
que não sou gago
indago as nuvens uma nova lei
da física
atraio matéria
a antimatéria
a amenorréia
a distimia
a hemorragia
a vida que se esvai

não! se chega agora
é a poesia que invade
é a poesia que vem
em que poema

eu que agora....
agora. que fração de tempo
é essa? tempo rima com piada. tudo
depende do bom humor de quem
agora está vivo!

vivo inversos
inverno de verão
que o rio desagua
em nós poetas

poetas de mesa de bar
de Becos e barteliês

juju - be happy & poetry
jurubeba
jurará
á presente da juju
nunca juro juriti
juliana
menina danada
cajuzinho do meu
coração

nada além de mim mesmo
nada além de todos
nada além de repetir
repetir

tá tudo mudo
nada em tudo
mudo em nada
cara na cara
escancarada
escarrada

esses borrões me sustentam
tentam, tentam, tentam...

as crianças são...
bem, deixem as crianças em paz,
já é tarde!
mas, muito bom esta aqui neste momento

aqui ou lá fora
tanto faz
o momento, este
que é tudo
e se desfaz
ainda em minhas mãos
ainda em tempos outros
quando crianças
em todos os tempos
em que o mundo
-este engenho-
me faz ser o que tanto faz

não escrevo por obrigação
escrevo por desapego
se escrevo sob pressão
não perco o medoi
se escrevo sobre são sebastião
esqueço do rio de janeiro

RATOS DI VERSOS, o sarau que ninguém manda
e por isso, todos imperam.
enchendo o bueiro e tremendo a caneta
os olhares na calçada nos olham inclementes
sorria a lua sarcástica enquanto ela abaixava a calcinha
e olhas para a lua quando ela se despiu...

o barco não pode afundar
a canoa não pode virar
a moto não pode sair a corrente
e o carro não pode enguiçar!!!

o poeta que poeta jamais não pode parar
de rimar

não há
mistério
quando a verdade das galáxias
desce ao molho do
cachorro
quente
brasileiro

CIDADES DE UM BAIRRO

o galo ao lado ainda canta
não é tarde, mas não é tão cedo
com o galo, micos e um tucano
quinhentos metros para além
uma cidade de cruzamentos
buzinas, sinais, máquinas, pessoas
algumas se esbarram
outras se cumprimentam
mais quinhentos metros
a zoeira de crianças,babas, tapiocas,
um olhar para a frente
e o céu refletido nas águas
mas duzentos metros antes
uma outra cidade se desabita
caminhos sem cruzamentos
um ir e um outro vir constante
um pato espera na proximidade


marcelo nietzsche

Poema Coletivo - Ratos di Versos-Beco do Rato - 13.06.07

martelei o vento e não doeu
engraçado...
eu taquei uma pedra no vento
e ele nem ui,
eu tentei colocar uma costela no vento,
ela não sustentou e caiu...
e o vento levou
o meu susto e a minha estupefação
cansando-me de mim
mas não de minha angústia
que tinha o poder de mim
hurricane...
oposição
vento meio
invertebrado
grávido
gasoso
martelado.
enraizado na pedra engraçada
com as minhas costelas ao vento
a minha angústia era estupefata enquanto
meu corpo se rasgava e caia no solo
aonde nasceram ervas daninhas.
daninhas de danarem-se...
danem-se os homens que não sentem
o que devem sentir
danem-se os olhos
os outros
eles,
nós
e àqueles

dane-se a maioridade
e a falta de vergonha

dane-se o que não se
dana
pedra!

pedra, limo, limão
o sonho dana o vento
a pedra dana o leito

pedro carrega pedra
pedro joga pedra
pedro é carregador
assim no mundo em pedras
pedro, pedra, vida
dana-se aquele que atira
a pedra em seu próprio espelho
facinho. facinho...
quem não se conhece é
que te compra.
ah! coitada!

onde é que eu fui amarrar meu jegue!!!
viva antônio, homem santo que
que promove encontro de vidas e
reúne sonhos em comum

vamos em busca do "novo homem"
vamos em busca da "nova mulher"
vamos gerar a nova geraçãp
de meninos e maninas, pequenos
brasileirinhos que herdarão esta
terra verde-amarela

de tanto amor
de tanto pensar
falta o amor
falta o amor
falta o pensar
sobra o estar

prazer, prazer
é estar aqui
Beco dos RATOS
é um fato:
um pedaço de
Brasil cultural

viva a poesia
viva a vida
busquemos a ação
o amor está no ar

poetas, biriteiros, seresteiros.

auto-retrato
como ir a fundo
se eu não tenho fundo
como, tendo o mundo nas mãos
nada a ter no mundo

pra que ler a história
se eu já sei o final
como rir da piada
se já me contaram uma versão quase igual

como querer resolver o problema
se eu desmistifico antes o fim

como vencer
se eu me adianto
e chego sempre
antes de mim?

Poema para dois teclados

do fim ao princípio
passo pelo meio do início
antes de saltar no precipício
(todo salto é começo do hospício)

marcelo nietzsche e pedro lage
cedo fundo
a dimensão
deste mundo

mas foda e funda
é a paixão
por uma bunda



marcelo nietzsche

MAIS FOTOS DO ANIVERSÁRIO DOS RATOS




O ANIVERSÁRIO NÃO TERMINA - POEMA DE ALUIZIO REZENDE

tiça-unânime


pelo que tenho sabido
de alguns tempos pra cá
a Tiça é quem de fato atiça
os nobres Ratos di Versos

não é que ela os bote pra frente
não é que ela seja o aguardente
ou seja a água mineral
ou mesmo a mola propulsora
tampouco a iminência parda

mas ela tá sempre por perto
e isso, merr irmão, é por certo
aquilo que modifica
aquilo que edifica
aquilo que que ajuda e conduz
ou o que às vezes dá a luz
sem ter que ir pra maternidade

será que isso não é verdade?
pra Tiça uma salva de palmas
e que isso ilumine as almas
dos nobres Ratos di Versos

Fotos do Aniversário dos Ratos no Beco



POEMA COLETIVO - 30/05/97

Ratos que se aquecem
se avaliam.
Se cheiram, se lambem, se criam
sua proliferação é incontrolável!
São melecas, pombos, pombas e rolas.
Ratos a amorocidade
lançam seus poemas pela cidade
Ratos com chuva, rato molhado
é perigo, já tarda a hora
do pulo do rato, do pulo
do rato!

Poeta guache

Um arroto após uma 1a golada na cerva,
desce pela goela numa gula sedenta, gole fatal ...

Hoje mais uma vez
entre amigos:
esforçados poetas
em nossas forças de (culturais atletas)
corremos pelos até;
lirimos da vida!
Sejam nossas sensibilidades
até pelos gélidos “sentidas”
Beco do Rato; recanto alegre da Lapa
dá-nos tal privilégio
levar cultura:
pelas diversidades emocionais
as mortas-vivas criaturas
no Beco
embecadas
vestidas de rato
que tentam dizer algo, que tentam
mais algo, que tentam ser ...
peraí! tentam não; são!
Fazem!
Dizem!
Agem!
Falam!
Urgem!
Ratos di Versos que verbos são!

Verbo rugir, verbo falar, verbo etílico,
verbo ejaculado, verbo orgasmo, verbo
bêbado, verbo do verbo, verbo dos versos
nos novos dicionários Ratos di Versos ...

Verborraja, veja, aja, interaja
Solta o verbo
Que tá dentro de você


fala gangrenada,
rala chocobode,
vê bem de lado a vida explode!
vê se não vai dar bandeira
nesta hora de chuva de bolor
Nesta última tina de suor!
você tá roubado,
você tá com dor nos olhos
de viver esse terror!
Mas o efeito é a anemia
levanta, alça o peito
é o jeito
não tem explicação!
Entre outras transformações
o que corresponde
não é a sua visão
sou uma revolta
sou o delírio na porta
ainda acredito quem eu sou
alcançarei com todos a vitória
do amor real enlouquecido
vigente no mundo dos conflitos.

Poesia é viver
bem, amar e amar
amar uns aos
outros no amor
divino ainda e
a essência da
vida com o seu
próximo como a ti
mesmo

Com teu poros
deixo o rastro molhado
dos meus desejos. Desenho
beijos ... ortografia perfeita
da poesia em tua pele
rabiscada.
beijos poéticos.

A poesia que leva céu
luz que vai ao espaço
cintilante estrela
na velocidade de um
foguete que alcança
os seus corações e
faz levitar em desejos
que te leva nos céus
num orgasmo poético

Ratão
violenta
sensação
do humanão



Observação:
a palavra não lida
é a palavra não fixa
que não se fita
reescrita no ar
a palavra percebida