Bebendo Beatssssssssssssssssstrada


na foto: Carluxo. Maurição, Chacal e Flavinha segurando o gênio na garrafa-Luciana lindona.

bebendo beats
e comendo
estrada


Estrada,
o que quero?
Latência!
Dessas danadas que não sofre por nada.
Não ama, não duvida, não enciuma em qualquer parada...
Ser velóz, sem desmaios, sangrias desatadas
Sem se zangar mais que o momento
no momento.
Que não dorme mais do que o sonho, que não corre pois vem vento,
admirando tufos rolando no deserto e a mágica
natureza esculpida dos Navajos.
Tem tempo para o baton, para os cabelos escorridos,
os chicletes,
o rádio no ouvido, a caneca de vinho ou algo mais
refrescante e o livro na contra-mão
da sensação rascante.
É Latência.
Motor desligado, vou brincar paixão.
Parque de diversão ziguezagueando até
não ter ar de tanto rir, de tanto gozar a
vida.
Um sorriso tranquilo e "até logo" sem nenhuma pretensão de fornecer
mais gasolina do que o velho e bom Ford precisa
para continuar estrada, desprender memórias .
Sem malas,
na estrada, o retrovisor quebrou.



obs: encolhidos por boa escolha no palco de cep, a eletrola verde "cheguei" bebeu Charles Parker. Uma luneta para cada um da audiência, e a gente táva lá! Vivendo o que é franzino e famigeradamente grande! Um beat stop. Guitarras rufaram! Os Beats dos tempos me encantam!


mari

Palavras soltas




eu
desejo vivo
variedade de sentimento
curvas dinâmicas
amor
apaixonado
vermelho
borboleta
maça verde
sabores exóticos
mango chutney
salivas felizes
línguas em ebulição
sorrisos encantados
palavras efervecentes
risadas sinceras
letras
love.

Feliz Aniversário para o RATO de hoje...

É importante cultivar amizades em todos os lugares onde se vai.
Precisamos de amigos,
da presença que acalma e ajuda,
que nos faz sentir em casa onde quer que estejamos.

Parabéns Nietzsche!!!!

Eu queria escrever alguma coisa genial, masdesisti... por isso te presenteio com idéias desconexas (anotações do meu caderninho vermelho):

Talvez lhe sejam úteis...


*Amizade não é uma questão de opiniões parecidas. É uma questão de modo de encarar a vida.
*Momentos de fraqueza eram apenas isso: momentos de fraqueza. Nada mais.
*Sempre que alguém se refere a si próprio na terceira pessoa eu tenho vontade de perguntar "e quem é esse?".
*Radical de centro, em cima do muro, com um bloco de anotações, desenhando joaninhas.
*O dia é tão curto, e as semanas demoram tanto pra passar...
*O problema está na fase lenta da reação, como diria Ramanoski.
* Era um daqueles momentos em que a luz parva da razão escurecia o brilhantismo.
*Mais um idiota havia resolvido se suicidar nos trilhos do trem, só para aporrinhar os pobres passageiros matutinos com pressa de chegar no trabalho.

Bjos Juju

Cai um mito: camundongos detestam queijo, afirmam cientistas


06/09/2006 LONDRES, 6 Set (AFP) - Ao contrário da crença popular e de desenhos animados como "Tom e Jerry", os camundongos na verdade não gostam de queijo, revelaram cientistas britânicos após estudar a dieta destes e de outros animais.Os pequenos roedores, ao contrário, demonstraram preferência por alimentos com alto teor de açúcar, como grãos e frutas e virariam o nariz para qualquer coisa de cheiro e gosto fortes como o queijo, afirmaram os cientistas."Claramente, a suposição de que camundongos gostam de queijo é uma premissa popular", disse o especialista em comportamento animal David Holmes, da Universidade Metropolitana de Manchester. "Os camundongos evoluíram quase inteiramente sem queijo ou coisa parecida"."Os camundongos reagem ao cheiro, à textura e ao sabor da comida e o queijo é algo que não estaria disponível para eles em seu ambiente natural" e, portanto, eles não responderiam a ele, explicaram.

Rilke para os RATOS e RATAS

"Talvez todos os dragões de nossa vida sejam princesas que aguardam apenas o momento de nos ver um dia belos e corajosos. Talvez todo o horror, em última análise, não passe de um desamparo que espera o nosso auxílio."

Mouse Party

http://learn.genetics.utah.edu/units/addiction/drugs/mouse.cfm

Eros e Psyché

OFERENDA

OFEREÇO-TE MEUS SEIOS
NA BANDEJA DO MEU AMOR
MEUS OLHOS SERÃO TEUS OLHOS
E MEU CAMINHO, TEU DESTINO.
OFEREÇO-TE A DÁDIVA DE SERMOS UM SÓ
EM UNIÃO
E NO BANQUETE DA PAIXÃO NOS FUNDIREMOS.
E, ENTÃO,
QUANDO MINHA BOCA
FOR A NOSSA BOCA
E O MEU AMOR FOR O NOSSO AMOR
AS FADAS DESABROCHARÃO DAS LUZES,
DO ENCANTO,
DA VIDA...
E,QUANDO MINHAS MÃOS DENTRO DAS TUAS
E TU DENTRO DE MIM
FIZER A DOCE DANÇA DOS AMANTES
RESTARÁ DE NÓS DOIS
APENAS DOIS NÓS
VOLUPTUOSOS, CEGOS,
CHEIRANDO A VINHO SAGRADO
NÉCTAR RECÔNDITO
DOS DEUSES...
HELOISA HELENA - em 27.09.06

hojeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


é hoje!!!!!!!!!!!!!!!!!1

MOTIM


Ericson Pires
Omar Salomão
Botika

Convidados: Domingos Gumarães

Show:
Vulgo Qinho&Os Caras

Local:Centro Cultural Odvaldo Vianna Filho
Castelinho do Flamengo, 185

Vestido Preto

Se houver amanhã,
se eu morrer amanhã,
quero que hoje todos me vejam com o meu alegre vestido preto

Quero que me sintam e enlacem as mãos aveludadas da orgia

Que, por entre minhas pernas - despidamente vestidas por meu vestido preto -
jorrem teus escrúpulos,
esvaídos ao chão e acabados por meus dentes,
que morderão tuas carnes firmes
que estarão, tenazmente, escondidas
e, aladas, voarão entre minhas coxas,
nuas, por baixo do meu vestido preto.

Se houver amanhã,
se chover amanhã,
quero que hoje todos me vejam com meu ensolarado vestido preto
à luz do dia, enroscada nas madeixas do vento,
correndo entre os milharais
e remexendo as ancas,
sentindo as nádegas roçarem as paredes
do meu vestido preto,
que as acobertarão com mãos enluvadas por peles e penas.

Se houver amanhã,
se eu amar amanhã,
quero que hoje, quando tu me amares,
arranque meu vestido preto
a começar por cima,
me assanhando os seios,
colorindo meu pescoço,
me encharcando o ventre e enxertando meus órgãos,
suados e alvoroçados,
enrijecidos de torpor e êxtase,
mohados pelo calor
do meu vestido preto.

E, depois de conseguir rasgá-lo, destruí-lo,
possua-me, epicuricamente,
e guarde seus pedaços num baú de alvor sagrado.

E, se houver amanhã,
e eu morrer amanhã,
junte seus pedaços e os coloque junto a mim que,
num jogo de quebra-cabeças o emendarei
e andarei pelas sombras e pelos ares
com meu vestido preto remendado.

Heloisa Helena, em 26/09/2006


A Vida Veja

e que essa carícia seja
em seu sorriso
o olhar preciso
de um beija-flor

sua poesia deixa
você nunca
morrer
de amor

e o silêncio agora
espelha em
seus olhos sonho, o brilho
ileso de uma boa idéia.

(p/Maristela Trindade)

Deste poema não traço maiores comentários, é uma forma de carinho possível que o Rocinante me permitiu. O trabalho que o ilustra é de Fabrice Langlade e expõe de maneira ainda mais clara a delicadeza que eu quis para o poema. É isso.
Robson Leite

........................................

recebo presentes que esbarram em mim, mesmo que o endereço eu não saiba.
Um poema como esse abaixo, que não sei de quem "É" ou se vai para alguém "UM" mas, o recebo sem tomar posse e me engrandeço.
Mas não negligencio a minha fáscia e quando certos alguns citam meu nome, compartilho.
Aí, eu me deleito por completo e quase tenho prazer em ser gente.
Se divulgo aqui, no blog dos Ratos é por esse movimento ter me apresentado esse homem. Já escondi demais as coisas belas que me destinaram. Divido, honrada esse meu prazer, guardando-o no mundo.
Por isso eu digo bem alto e forte que
eu
amo r
obssssss
on
leite!


mari

CANTO


canto que sangra a língua
morde a vista que lê
e
a sombra que se projeta
na esquina da vista
a língua mordida do caminhante
que diz o falante
não a própria voz
mas a distância entre os olhos


o-acorrentado

No tubo do tempo

Ratos atravessam a Lapa e são vistos velózes, sobrevoando o Japão!
É! A gente sabe voar! rsrsrrsrsr

http://www.youtube.com/watch?v=qa9gba9gxak

http://www.youtube.com/watch?v=GY3LzpCs5ZY

http://www.youtube.com/watch?v=pfnA2ICmZYA

http://www.youtube.com/watch?v=le6amd7hlAY

Surrealista (com mensagem subliminar)

Capim limão aromatiza
rampas íngremes com mecanismos
luxuosos e
chama Deuses adormecidos
organizados em
fila indiana
hipnotizados pela reta.

Colorindo o mundo: Tavinho, Carluxo e toda a areia em volta!

O movimento Ratos di versos tem sido minha casa emocional e meu abrigo quinzenal, que é quando os eventos acontecem.
Além de nós e nosso vício de escrivinhar, recitar e comemorar, lá aparecem aqueles que nunca pensaram em fazer o mesmo por medo ou inibição. E fazem! O que é um dos grandes prazeres do lugar e dessa vida.
Fico pensando nas coisas que não tenho coragem de fazer e os percebo sentindo o mesmo e mudando. Em um pequeno tempo inesquecível e passível de ser revisitado, movimentam o rumo da história que nos encolheu tanto, através de uma educação social caolha incapáz de assimilar diferenças e apoiar positivas mutações. Tornou-se útil e rentável criar patologias crescentes.
Pois bem! No Beco, como em alguns outros lugares, eles pegam o microfene e recitam e falam e mandam recados poéticos para as mães no Ceará que vão ouvir seus corações vibrando na ressonância do som. E eis que alguém - juju - tira um celular que grava imagens como vídeo, lança para youtube e, subitamente o japonês escolhe a carícia poética da filha para a mãe em Hidrolândia- Ceará, como sua distração até a chegada do avião para a Dinamarca. Taí a cadeia alimentar. Nada de arrôtos intelectuais. O que voce leu, pintou, escreveu, filmou se espalha como uma gota de delicadeza num mundo onde a humanidade continua fissurada em guerras. O próximo passo é ver de perto - caso voce não esteja no japão- a música dos Caras, os saraus, o cep, o poemashow, letras, repúblicas, expressões variadas de artes de qualquer plástica e conteúdo além do teu próprio trabalho.
Link, blog, divulgue amigos, estranhos que de tragam essa delicadeza, as vezes pancada à flor da pele. Distribua-se. Não se guarde numa mala. Tá valendo! Barracudas voadoras poderão pescar suas sensações e alegrarem o céu como nuvens, sacudindo a organização do mal....

bjs, maris
é isso aí!
RRRRRRRRRRatos que é "rato! comemora com um mês de antecedência aqueles que escrevem e aprontam Muito!!
Que Pan os ilumine de lá, e nós de cá!

"mocidade plena a tudo esquecida,
por delideza eu perdi a vida.
Que venha! Que venha,
o tempo que se empenha! ..."


Salve Rimbaud!
mês que vem apagaremos as velinhas!!!

maristela trindade

Rat-Coluna

Tavinho Paes e Carluxo- conversam sobre Rimbaud

POEMA COLETIVO (20/09)

Mais um poema escrito a diversas mãos...
Uma nova tradução do clima da noite no BECO DO RATO...

E o que foi aquilo ontem? A ventania, a chuva, o clima intimista? Uma piração de furacão? Noite com cheiro de nuvem? Quinze minutos de reflexão? Um maremoto de idéias? Um avião cheio de poemas? Ilusões misturadas com álcool num balde? Uma ratoeira cheia de pão de queijo? Cachaça coqueiro? Queixos caídos com tantos dizeres? Performances poéticas? Beijos Roubados? Bar lotado? Gotas de limão pra curar a bebedeira? Filmes para o You Tube? Tavinho Paes? Carlos Costa? Ricardo Ruiz? Os RATOS recitando Rimbaud?
O que foi aquilo?
O que foi???

Não sei... só sei que o bar tava lotado de muita festa, alegria, cerveja, fumaça, samba e poesia e o amor...
estava no ar...

A grafia foi mantida para não descaracterizar a essência do inconsciente coletivo no poema!

E dia 04/10 tem mais!!!!



Lá um corpo estendido no chão
e o hiv cego e certeiro,
segue impossível ao pé do meio fio.
O agá intuiu a vida...uiih...paga pra vê
e do chão de uma poça de álcool, erva e poesia emerge Rimbaud que vomita seu veneno destilado sobre nossa carcaça idiota.

Dostoievsky & Juju
que levou o pal mall
fumou todas

Ah fulo!fulô!

A poesia está sobre tudo
sobre o cotidiano
sobre seu corpo
como eu a te fuder
mesmo que seja em inspiração e pensamento
mesmo que o tempo pare dentro da ampulheta
e teu orgasmo não tenha noção da hora
sentiremos um ao outro intensamente,
e mergulharemos na noite inebriados de prazer até que,
ao amanhecer levanto,
procuro em cima da mesa um cigarro
e acho o seu exame de sangue...surpresa!

Tô pouco me ligandosó sei que estou vivendo
só sei que estou sentindo
e o meu sangue borbulhando,
e a minha mente viajando,
estou aqui te amando,
e te sentindo por dentro,
me aprofundando em um orgamo total
apenas 1
um momento,
sentimento
um grito, um animal
apenas um orgasmo total.

Uma luz do amor
um momento incomum
Querer te?
Tenho certeza!
Terei-te?!

Desculpe minha ousadia. A resposta não sei que tenho. O sim, será minha alegria.
Sim, não ou talvez, aliás talvez é melhor em vez de sempre.
Quando conseguirei a mim mesmo?
porém o “talvez” seja “quem sabe”!
na verdade eu quero a certeza
que almejo por pura essência.
No entanto a ausência sua
faz-me retornar ao talvez.
Palavra nua e crua
se não talvez
melhor não tez
ter incertezas é sofrimento;
contentamento inseguro.
O que será o futuro?

intermezzo:
verbos nuncar, amar, defuturar, cervejar,
furar, chuvar, cruar, pensar, escrivinhar,
recitar, gozar e ratificar óbviamente!
O povo bom!

Futuro é furado!
Negócio?
Viver o presente que pressente
Pré-sente
Pré...
Prefácio, prenúncio, pafúncio...
Pré-conceito
Sento, sinto, ceifo...
Sinto muito,
Minto, desminto...
Sou mulher e amo, porra!
Mesmo puta,
mesmo em cacos,
mesmo junta,
mesmo eu,
mulher,
Sou!

Tempo...
contra-tempo
Hora
já é hora de ir embora
pela chuva que molha
na esbórnia da Lapa
sempre...

Quando ele chegoueu não estava tão puta
não estou aqui nem láestou em qualquer lugar
e o vento
forma e transforma
meninas e montanhas
e o mar!
Devolve a nós o que nos pertence
e cacosque na minha mão viram : arte!
Não seinão sei mais nada
Seique salivo
de sede
dos teus lábios
tropeço além passos
avisto adeus atos
Fato
que estou farto
Desacato
o trato, mal-trato
Escracha o acaso
nos meus passos
de fantasma
morto-vivo
que sou.

Dalbertiando maristotélica
Dudu pereriando
Carluxo jujuniando
Magraniando taviniando
e os Ratos saem do Beco
por causa da chuva
para saudar Ogum e Iansan.

Gosto daqui
gozo aqui como nada
nado na atmosfera ébria
e onírica desta confraria.

eu gozo como nunca...
Como nunca
é preciso inventar
um nunca novo
um nunca de nuncar

Procure pelo sempre
a rotina de algum lugar
parar de pensar
se levar pelo inconseqüente
é vida, vida, vida!

Entre a rotina do dia-a-dia
desvie o pensamento e perca-se no novo da noite
e de novo ao dia
interprete, sorria
cuidado com a casca de feijão no dente!

Nada melho do que
sair e do trampo
entrar em um bar
encontra um amigo
beber uma cerva gelada
ouvir acima de tudo
um monte de maluco
recitando, meio que orando
mais que na verdade estão recitando...

Sim! Estão recitando... os RATOS di Versos estão recitando poesia e saudando Rimbaud.

RATOSSSSSSSSSSSSSSS

RATOSSSSSSSSSS DI VERSOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
AMANHÃ!!!!!!!!!!!!!
OLHA EMBAIXO QUE TU ACHA OS RATOS E O ENDEREÇO DA TOCA!
BJSSSSS E ARRANHÕESSSSSSSSSSSSSSS

Mortalhas da luxúria

Sopra o ventre universal a surtar de tempos em tempos.
A de nos cobrir de beijos a boca rubra ao venerarmos a simples existência.
A essência da busca apaga as cores que me perseguiam através do caminho.
Acordo estirado a esmo em meio ao enxame de bosques anêmicos, lacrimejando orvalhos estrangulados, suando uma dor suada e comestível em um êxtase indecifrável, aonde emergem da clareira os esboços de um alvorecer decepado pelo meu grito que traduzia eu Ter achado o que sempre profetizei como herança.
A vagabundagem, a bebedeira, vários e enigmáticos delírios e finalmente a amnésia.
Minha calça e botas, para não esquecer também a camisa, são ornamentos de cinzas e manchas de dias, noites e madrugadas bem vividas. Mas, não vívidas em minha mente.
São minhas mortalhas de luxúria.
Com o olhar irônico e o corpo em mutação eu corria atrás de algo para refrescar o meu semblante que insistia em um estado frenético, nesta noite que sai para ver se a lua espelhava a terra e se a terra espelhava algum rosto.
Um rosto era tudo o que eu queria enxergar.
Para um rosto, eu tinha muita coisa a perguntar e indagar.
Ouvindo o rufar.
Sentindo o brilhar.
Olhar....
Carluxo. (registrado)

Monólogo inadvertido ouvido em um bar

Banho tomei
lavei meu nariz
troquei roupa nova
se desse preparo um balaco
doença venérea não trago
só a cerveja que se me der
não é disse nem me disse
deve ser se já passou
se der não faz nada
se fez a rodela?
não, conversamos
somos patriarcas
seus pais desce tudo pela goela
eu comi desde a cabeça
depois te dou trocado tudo
agora, vou prá casa
isso é jiló
se se perder ela é criança
vou dar umas voltas por ai
eu vou lá
quando eu te conversar
      tá tudo bem

nietzsche

confesso

que eu rata acabo de matar uma bruxa
uma bruxa que é nome popularesco para aquela borboleta preta que parece uma mariposa ao contrário
uma bruxa que entrou enlouquecida ventando pela minha janela
uma bruxa que me assustou rata enquanto pensava na vida
uma bruxa...

rata que sou,
não devia deixar-me assustar por asas amedrontadoras
nem por sustos afins...

rata que às vezes borboleta é...
sou!
rata que sonha em alçar longos e demorados vôos pelo espaço fonético das palavras
rata que de arco-íris se veste para falar poesia
rata que gosta particularmente de magia
e simpatiza com bruxas...

eu enquanto rata sou bruxa
enquanto borboleta sou rata
enquanto bruxa sou eu!

matei talvez um dos pedaços de mim que mais me incomodava
nesta noite de ventania,
calor e dor nas costas.

RRRRRRRRRRsssssssss




Não ratiquem sem rabo
nosso queijo em frangalhos.
Certa audiêcia clama o suicídio
quiçá, coletivo!
Ratoeiras são para camundongos
Nosso Beco é mais embaixo...
embaxo...
embaixo das luas!

maris para RRRRsssssss

Q caras legais


vulgoQinho&OsCaras

será fé
? será alma? será espiritismo?
É som, baby! muito sommmmmmmmmmmmm.........


maristela trindade

atazano

atazano o juízo desajuizado de você
atazano o prazer desmembrado de mim
atazano a energia que exaure os desejos de não ter
atazano as regras
as frases feitas
as farras
as frestas...

atazano o sujeito do "ouviram do ipiranga..."
atazano os preceitos,
conceitos,
provérbios
pretéritos...

atazano as vontades
as maioridades
as minorias
e as benfeitorias...

atazano,
atazano,
atazano...

ano após ano rejuveneço
e esqueço que crescer é mais do que envelhecer...
lembro que crescer é ser criança a cada dia.

idas e vindas...
vindas e indas
de idéias sou feita
de viveres construída
de vida vivo
intensa...
a cada dia atazano mais!

*para todos os RATOS e RATAS desse UNIVERSO!
Lua metade caldeirão vermelho,
cozinha minhas horas que não voltam
para dar de presente a minha bruxa irmã!
Mas uma vez tomo corpo nesse corpo ainda
meu e volto oculando caminhos mais rígidos
de liberdade e força pra que tu não atue mais
sem o meu consentimento.
Aprenderei a alquimia.
Voce lua, verá sua luz em mim durante o dia
assim que o sol do dia certo chegar.

maris

Rato de poesia também é rato de cinema???

Rataiada, diversos que somos, são incomensuráveis as formas que criamos pra nos expressar, são tantas as nossas faces além da poesia, ou tanta poesia em tudo o que fazemos... Pois que a minha "face oficial" é cineasta de formação e curadora de uma Galeria de Artes da UFF. Então, gostaria de convidá-los para a Mostra de Curtas que estou realizando lá!
(Clique na imagem para ver a programação)

E pra não falar que não falei poesia, segue um versinho curto como um filme de curta-metragem:

sem nome
p/ ch

unhas descascadas,
batom borrado, cigarro
o tempo passava
ela
passárgada

Beatriz Tavares
A tromba estava absurdamente pesada, machucando. Mas já vi homens levantando carros.
Vi a calma e a concentração em seus olhos. Fiz o mesmo e consegui. Levantei a tromba danada (nem sei aonde ela foi parar), e andei. Andei até o parque Lage, ainda de corpo cansado pelo peso. Lá, vi a moça e seus dedos de pontas grossas, com cotocos de unha a serviço da sutura, escultura. Lembrei minhas aulas no anatômico onde me alegrava ver os homem por dentro. Ela, construiu o dentro e o fora em vísceras coloridas com pedaços de tantas coisas e ainda conseguiu o que não se entende: dár-lhes alma!


Eliane Duarte em obra,
Maristela

Melhores momentos de 06/09/06 RATOS di versos MOLHADOS de poesia no BECO do RATO






O que será que se passava na cabeça de Dudu e Dandan nesse momento?








Bia Tavares e Juju Hollanda (ratas SEMPRE!)















Karluxo levou muita coisa nova... e boa!











Maristela Trindade, Dan e o BAR "-AaaaaaAAAAaaaaaaaaaa"













"faça da sua voz um trovão" -Dan Magrão













Karluxo pausa para a cerveja.












"se precisar de etiqueta, prá entrar nessa festa..."- Dudu Pererê













Dalberto homenageia Manuel Bandeira com a bandeira no ombro e depois "vai-se embora prá PASSÁRGADA"

sem inspiração

sou super sempre superável
serei sobretudo superficial.

serenamente simples,
supero sincronicidades silogísticas,
sôfregas, santificadas.
sancionadas sem sanfonas solistas
solavanco sustenido
sustentado sobre sol,
só.

Sobrou alguém?

Sobrou algum animal
que se permita à mim
apenas como uma canção

[.....cadê o ponto de interrogação...]
Não existe mais perguntas nas minhas falas desde
que esse sinal sumiu!
Vou ter segurar esse monte de afirmativas
a não ser que alguém entenda e venha.
Um animal de gênero qualquer que me
empreste por instantes,
os olhos,
o coração,
o sorriso,
o dançar do corpo...
Como uma chupeta na bateria arriada de um carro,
Ainda não mecanicamente condenada mas...
Um animal, por favor!


maris

Sem Título

Ela declamava o amor
Ele derramava o furor
Ela delirava o fervor
Ele recitava a dor
Ele narrava o tumor
Ela balbuciava o ardor
os outros reclamavam O Humor!

salve para além uma oração
uma saudação pro coração
não declame a sua paixão
por aquele homem, aquela mulher
faça da sua vontade uma colher
e delicie um sorvete a dois
o resto ... deixe para depois


o des-carnado

A PESTE

A PESTE!
o cabra nunca "deseste"
dentes nas carnes
cavalga os roedores
que se perca a fama
derrama todos na lama
na sombra se esparrama
é a pulga da peste

anonimous est

Poema COLETIVO de 06/09/2006


E mais uma vez os RATOS di VERSOS invadiram o Beco com poesia.
A chuva não atrapalhou e dentro do Bar jogamos palavras ao luar...
DAN gritou, Dudu prá entrar na festa não quer etiqueta, Karluxo trouxe coisas novas e a pedidos falou dos orgasmos de nicotina, Maristela passou pelo túnel do carpo, Dalberto falou Bandeira com uma bandeira do Brasil, Heloísa Helena fez seu discurso poético, Bia Tavares tomou coragem e falou, Saulo prometeu e apareceu, Juju Hollanda fez declaração de amor... todo mundo subiu na cadeira e teve direito aos seus minutos de GASTAÇÃO!!!

Enfim, quem tava lá viu, se embriagou de alto-astral e contribui para o poema coletivo que está arrasador.

Leiam e comentem!!!!

A grafia foi mantida para o poema não perder a essência.

POEMA COLETIVO

Manuel Bandeira
da bandeira
dá... bandeira!

no beco do rato
bandeira eu dou!


eu dou poesias nas minhas prosas.
minhas presas apressadas aprontam dentro de tuas parafernálias acesas.
acende a tocha da tua, da minha luz nessa estrada de trevas.
ilumina silenciosamente meus suspiros tenebrosos!
e, orgulhosamente, entrego minha súplica aos deuses profanos.

foda-se o poeta
plutão está acabando
e vocês brincando de cientistas?
a poesia engravida alguém
a noite foi-se
quando criança
e plutão ficou puto por ninguém.


e por essa noite, vamos
de bar em bar
de copo em copo
brindando a vida, o amor
o mar e ser
sem saber morrer e talvez
voltar!

a vida se acaba num instante
não quero nem vou me preocupar
com plavras, com ética, com a vergonha.
quero despudoradamente meus sentimentos
demagogia nãoq uero neste momento
e que é você para julgar
a pureza deste momento?
momento qe também se acaba
num instante.


instante esse que não quero perder
não quero esperar por outra oportunidade de te ter
seu rosto e seu olhar só me criam dúvidas
dúvidas essas que não me importam mais
só quero fazer de sua boca o meu cais
você que infelizmente é parecida comigo
até demais.

e o amor que morrer de manhã
vai ressucitar a noite
spara ira aos bordéis
se livrar da culpa!

e enquanto a calcinha é tirada
e a buceta recita Bandeira
ela gozará logo depois quando
o mastro reivindicar a mata...
mas não!... ele a mata!
com seu tiro de misericórdia
ao retirar-se subitamente
do recinto sagrado, sangrado que ela consente.
quando isisto em dizer
toda palavra é contada
nos morros da cidade
sou este anjo que acordado
sonha.
tuas várias palavras
que nunca desseste a mim
portanto espero aqui o som único
som que me alegra ouvir
essa poesia solta
que risca o céu da boca muda
e muda de direção.

dispersão de onda
que aterriza em meus ouvidos

estranho, será?
não dizer o que pensa, é pensar em dizer.
diz.calo.
ralo. descasco o que sinto, penso. não falo.

como o destino traça o rumo
a curva traça a reta
como a curva traço a reta
a vida traça a morte
morte.
morre-se a vida que faz parte da vida.

vai pro cacete essa ode de morrere de barriga cheia de palavra e sucesso
assumir que quer sumir e
aparecer!
vai viver e beber da
inspiração do Marcinho!

a água cai a chuva inunda
ô marcinho eu vou comer sua bunda!
e a sua bunda quase mexe com meus ser
como uma pedra na água me enche de prazer
buceta, xereca, oxota
e nunca se esqueça da piroca
pois o pudor já se foi embora
nessa chuva que cai torta
e embora sejamos engenheiros
vamos embora pois não temos dinheiro
pra uma casa onde tudo é legalize
curtir uma onda que não é nada light

totalmente nerd coração
cada vez mais y + eu me embaço
de ambaçar e saber pra onde vai aonde...
vem que tem porque toma que é legal!

desejo
le tet
pe tet
dois peitos
um pênis
e a boca querendo
AMORRR!!!

a vida é bela
bela como a rosa que
desabrocha no jardim
vamos respeitá-la como a
essência da vida
vida! vida! vida!!!!

vida, vida, vida,
foda-se a chuva, viva a vida
viva a cerveja
nada nos impede
de estar presente na excencia
da poesia
viva.

o lugar comum de todos
o cú!
todos absolutamente todos
tem o seu independente do
que tem na frente.
devemos entender que o osso
que é roído é detrito edificante
do antes, então atrás vale +!
e cada um tem o cu que merece!
e o caracter também!

logo eu que não tô podendo
sou poesia prá sempre
amém!

que sou, quem és, quem serás?
o que o álcool não faz?
aonde estou quem sou, quem serei?
isso não importa enquanto aqui nada verei
a felicidade, mesmo que falsa.
assim me impressionarei
sente-se comigo
e assim terminaremos
amanhã é outro dia
nunca lembraremos
acorda ressaca!
tragédia comum
então, vou a luta
caminha no que
eu quero e se
perceber o que for
sou quem su
vontade vontade vontade

eu para me sentir ainda muito
orgulhoso de participar deste
mundo de inteligência
humana e amiga.

quem sou eu agora?
o rato roeu a roupa do rei
se feliz ele ficou não sei...
só sei que a quarta-feira foi
foda. foda no sorriso, na declaração
noúblico e na participação.

os RATOS detonaram
aos corações agradaram!

eu sou alguém...
os mortos estão fumando
cigarros ultra-lights
deitados no sofá ouvindo
Carmina Burana no gás
enquanto a cidade arde
noite e dia
e Gabriel
completamente bêbado
escondeu a chave do céu
dentro de um Doistoiévsk
chamuscado atrás da privada
para que deus não seja responsável
por absolutamente
nada!

(JARBAS CAPUSSO FILHO - SEM TÍTULO)

SIM!!!! Essa noite tem RATUSCADA e deus não será responsável por ABSOLUTAMENTE nada!

Só a poesia, os RATOS, a lua e o frio.
segurem-se, os ratos estão pela cidade e não adianta tocar flautas, pôr ratoeiras, oferecer queijo... a não ser que venha acompanhado de um bom vinho!
esses ratos só sabem o que são palmas e urros, vaias e cerveja, poesia e boleros
chegue cedo e puxe uma cadeira!

Disse SAULO! Salve Saulo!

Venha para PASSÁRGADA. seja AMIGO do REI... conheça os RATOS di VERSOS

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira

sommmmmmmmmmm

Velóz na contra-mão das
palavras, encontro os sons.
Lá está a alma, pedaço
de alma inconquistável
que não junta letras,
que nem sílaba é.
É o que a escrita toca em mim.
Um acorde rascante, repetitivo,
insistente,
que perfura sentenças
até encontrar o que preciso.
Preciso não é e nunca será.
Navegável, transitório,
marulhento SOMMM.

A poesia sorria (?)

não!
não quero ser o rato, repugnamante ser que a tantos enoja e as mulheres enjoa como musas prenhes.
não!
quero ser a pulga, que repousa sobre o rato; quase invisível e carregando a negra peste.




no reverso do verso
contemplo com o tempo
a poesia que se esvazia

o mundo ria
ria mundo...
ria mundo!
Ah, Raimunda!

o des-carnado
Ser fera, ser forte, ser rato
Roer a roupa do rei de roma em romaria na Bahia

Roer, até o último átomo o tutano do osso da vida, na ebulição mística do dia-a-dia

Devorar, sem dó nem piedade a lógica perversa da mediocridade média classe

Atacar, sem vergonha nem pudor, a sanha assassina da mentalidade fria que ceifa toda beleza e poesia.

Ser fera, ser forte, ser fato


-Dan-