O Ponto sem retorno

O Ponto Sem Retorno

O conhecimento é ao mesmo tempo um poder e um vício, um armistício, para o soldado um ardil, para o líder um projetil. Para o politico uma arma carregada, uma lança apontada, uma rajada de fogos, um artificio. Um atirado com a mira ajustada num comício. Um vírus solto no ar de um edifício, uma febre terçã na hora certa, um cambalacho, um suicídio. A nota perdida no bolso da roupa já esquecida, a chave do carro forte na despedida. A venda nos olhos antes do fuzilamento, o ultimo pedido certo no exato momento, as chaves da sala das armas antes do julgamento. Receber hoje o jornal de amanhã, uma maldição. Saber que vai morrer num acidente, uma benção. Correr contra o tempo dentro de uma prisão, libertar a sua mente até alcançar a perfeição. Saber que vai morrer um dia não é novidade. Saber o dia em se vai morrer é uma vantagem. Manipular seu tempo para não ser manipulado por ele é uma virtude. Usar o tempo sem que ele perceba que está sendo usado é sabedoria. Não esquentar com o tempo e suas idiossincrasias uma é a verdadeira imortalidade. Lidar com a sua ignorância antes de sequer pensar em analisar os outros é a verdadeira inteligência. Lutar contra a tentação de ser o senhor e mestre de suas indulgências é a verdadeira liberdade. Aceitar sem demérito algum suas próprias insignificâncias é ser completo.

Observa suas atitudes como se fosse um espírito fora do corpo. Ser o corpo, o médico e a família durante a autópsia do morto. Ser os sinos que dobram e quebram rotina na pequena cidade e o sinal de trânsito que gera estresse na grande metrópole. O estouro do foguete que estava em direção do infinito. A vida que nasce da morte insensata de outro individuo. Se sair numa jornada conheça o trajeto nunca o destino. Espere o inesperado que chega carinhoso como uma amante. Volte ao inicio sempre que necessário e de forma obrigatória no final de cada período. Seja leva como a pluma e forte como o aço. Respeite todos, mas só tema a si mesmo, mesmo que você seja quase o outro. Conheça seu passado, trabalhe seu presente e calcule seu futuro. Cabecear a bola contra todas as chances de desviar no zagueiro, no goleiro, na trave, é algo mágico. Fazer o gol derradeiro é consequência do improviso. Tenha a verdade como alvo não como meta. Conheça os seus limites para que nenhum paliativo seja usando como consolo. Obter conhecimento, ter noção e saber como usa-lo é um ponto sem retorno.


Valdemir Costa

RATOS DI VERSOS, CINELÂNDIA , 17/12

RATOS DI VERSOS
quando? SÁBADO DIA 17 - AMANHÃ
onde? CINELÂNDIA - PRAÇA DO OCUPARIO
q hora? DESDE O CAIR DA PENUMBRA DURANTE O EVENTO CULMINANDO AS DEZ DA NOITE, ONZE, MEIA-NOITE

RATOS são cobaias chegadas a novas experiências.
Abandonamos a toca antiga e de novo estamos no local onde nos sentimos mais a vontade:NA RUA
No sábado então, desorganizando o sarau, saudando o saraval, os RATOS da Lapa entregam-se à orgia poética no meio do Passeio Público.
Na Praça da Cinelândia o RATOS DI VERSOS vai engrossar o caldo das atividades culturais do OCUPARIO


NESSE DIA LEMBRAMOS:
- Três meses desde o inicio do movimento occupy:
- Um ano da morte de Mohamed Bouazizi, homem que ateou-se fogo e
deu início à PRIMAVERA ÁRABE;
- O aniversário de 24 anos do Bradley Manning, soldado americano que vazou os arquivos que tornaram o Wikileaks mundialmente conhecido e foi preso


SÓ PEGO ARMA PARA TRANSFORMÁ-LA EM ARTE
SÓ FAÇO ARTE AO TRANSFORMÁ-LA EM ARMA


Atividades no dia 17(sábado) na Cinelândia:
•9:00 - Ioga / Meditação

•10:00 - Chamado Mítico

•10:30 - Oficina de Cartazes - Para aqueles que puderem, tragam os possíveis materiais para a confecção dos mesmos (cartolina, lápis de cor, etc).

•12:00 - Almoço na forma de Pic-Nic - Gostaríamos de lembrar que, para aqueles que puderem, recomendamos trazerem alimentos vegetarianos que estão em maior consonância com os objetivos de nossas manifestações.

•14:00 - Discursos (centrados no ocupa), ato e microfone aberto. - Atividade onde todos os presentes são convidados a expor suas opiniões.

•16:00 - Choque de Amor

•17:00 - Exército de Palhaços Insurgentes

•18:00 - Sarau / Teatro de Operações

•19:00 - Jogo de Peteca ou Frisbie

•20:00 - Cine-Debate: Sagrada Terra Especulada

21:10 - Bloco Planta na Mente

22:00 - Horário Livre (RATOS INVADEM A PRAÇA)

•23:00 - AnarcoFunk - O ritmo é o funk. E as letras que acompanham o pancadão são de conteúdo anarquista!

•Após AnarcoFunk - Espaço para outras bandas interessadas se apresentarem

POEMA EM CURVA


Sempre conheci quem tivesse levado porrada

Todos têm sido campeões em tudo.


Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo

Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho e calado

Nunca foi senão príncipe …

princesas, negros, mulheres, homossexuais, bissexuais, cristãos, ateus, evangélicos, muçulmanos, judeus, existencialistas, marxistas, marginais, artistas ...

- todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir em alguém uma voz humana

Que confessasse não uma crença, mas uma idéia;

Que contasse, não um saber, mas uma dúvida!

Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é obtuso e errôneo nesta terra?


Poderão as pessoas não os terem amado,

Podem ter sido traídos - mas covardes nunca!

e quando o foram: sua covardia alimentava o seu Ideal.

Podem ter sido discriminadores, mas isto

era tão somente uma reação à descriminação que sofreram ou sentiram

ou sentiram que sofreram


Um dia iremos nos deparar diante do espelho

e reparar, satisfeitos, que nossa semelhança

é que somos todos diferentes.

Marcelo Nietzsche, d'aprés Fernando Pessoa

RATOS NOS ARCOS


Enquanto trabalha ele pega um papel de amendoim e segurando na mão desenha . Isso é um garçom. Desenhando de bandeja.

RATOS DI VERSOS - SARAVAL - 24/11 - na LAPA


Florbela,
Espanca
ou apanha?
Bela Flor
apanha
esta mão
que espanca
e espanta
neste microfone
que te espera ....

RATOS DI VERSOS
se não houver microfone
a garganta também é livre

Ministério dos Ratos Di Versos adverte:
liberdade é a melhor poesia.

onde? Lapeskina. Rua joaquim Silva - embaixo dos Arcos da Lapa
quando? à partir das 21h.
"O latido bizarro do carrapato".

Na imensidão coliforme esqueci o meu rosto enlutado
em cima de algum balcão.
Meus bolsos continuam em coma de esperanças,sonhos
e perspectivas.
Um cachorro fugido da chuva fareja embaixo dos bancos
em busca de alguma migalha pisoteada,cuspida ou esquecida
pelo chão.
Ao tocar em minha perna com o focinho molhado, me fez até sorrir
para a sua intenção de achar algo comestível embaixo de meus pés.
Lembrei - me de ter passado por ele na rua mais cedo, adormecido,
tremendo e ganindo parecendo ter como eu pesadelos
frequentes.
E lhe deixei a vontade, com um certo remorso, com as minhas guimbas
de cigarros espalhadas pelo assoalho.
Pois, eu só tinha isso a lhe oferecer.
E passei então a imaginar que quando o cigarro acabar e eu não tiver
mais como ludibriar a fome, logo estarei com ele disputando todas as migalhas,
cadelas, guimbas e o próprio chão.
E em minha pele se abrigarão e florescerão pulgas, carrapatos, pústulas
e feridas de minha agonia ganida e canina.
Enquanto eu irei me esquecer aos poucos, que um dia eu li, recitei
e escrevi a minha fome literária...

Carluxo. (Para Marley, Margarida, Joãozinho, UB, Pedrinho e Tri).




RATOS DI VERSOS - SARAVAL - 10/11 - na LAPA

A noite se espalha
e todos olham para a Lapa
e por um momento é isso mesmo
parece que a noite vale à pena
e um sorriso pela manhã

(livremente perseguindo o IRA! - banda paulista)

SARAVAL - RATOS DI VERSOS

Quinta-feira, 10 de Novembro à partir das 21h
Onde?
Lapaesakina, Rua Joaquim Silva - embaixo dos Arcos da Lapa

Dalberto e Bibi


Amor entre artistas. Dá samba.

RATOS DI VERSOS - Programação do XIII Festival Carioca de Poesia, dia 08/11. AMANHÃ

TERÇA CONVERSO NO CAFÉ

... 18h30 – Teatro Glaucio Gill

Pça Cardeal Arcoverde - Copacabana

Instantâneos: sob o comando de Dalmo Saraiva, os presentes poderão falar pequenos poemas.

Música e poesia:

Karla Sabah e Messody Benoliel


Palestra e lançamento de livro:
“Poema e letra-de-música

Um confronto entre duas formas de exploração poética da palavra”

- Pedro Lyra

Mediador: Alexei Buerno

Poemas musicados: Agata Guimarães, Delayne Brasil, Denise Emmer, Heraldo Lyra e Valber Meireles.



Performances:

- Gazal, e Cia (Gazal, Heloisa Igreja, Nely Madsen e Toninha – “Tarde de domingo” ou “As configurações de vírus foram atualizadas”

- Ratos Di Versos


Amigos do Café: Alcina Morais, Antenor Luz, Calazans, Colbert Hilgenberg, Dalberto Gomes, Dalva Andrade, Marisa Queiroz, Mozart de Carvalho, Sérgio Gerônimo, Suely Balthazar


Homenagens Especiais:

- Pedro Lyra

pelo Poesia Simplesmente

- Rita Moutinho

por Marcus Vinícius Quiroga

Rodrigo Mebs - Isso é um hai-kai

Há duas semanas apareceu nos RATOS DI VERSOS um "cara" curitibano vindo de Roraima. Ele me desafiou a encontrar um hai-kai no livro dele.


"as borboletas
são o meio que as flores
encontram para voar"

Isso é um hai-kai, mesmo não sendo "um hai-kai".
Mais que estruturas e temas, hai-kai é uma percepção e a apresentação desta.


Marcelo Nietzsche

Fábio Fernandes desenrolou

a noite espelho
espalha fatos
espelharados
e latos ratos  
lapelham
arcos


a noite espelho

arcos
lapelham
e latos ratos
espelharados
espalham fatos

RATOS DI VERSOS - SARAVAU - quinta, dia 27, na Lapa

A noite se espalha
espalhafato
espalha o fato
os Ratos se espalham
estupefata
a Lapa se refaz

parece que a noite vale à pena!

SARAVAU - RATOS DI VERSOS

Quinta-feira, 28 de Outubro à partir das 21h
Onde?
Lapaesakina, Rua Joaquim Silva - embaixo dos Arcos da Lapa

RATOS DI VERSOS - o SARAVAL da Lapa

o RATOS só fala se necessita, ARTE brota ali de vez em quando por consequências orgânicas.
O supérfluo deixa o essencial sem graça e põe a boca pra gritar
A boca ri chora grita beija morde come
Tudo mais é o que diz
Tudo que diz é nome.


quinta, 4 de agosto às 21:00

Lapaeskina - em frente aos Arcos da Lapa - ao lado do Semente, debaixo dos Arcos da Lapa

A FEIRA LITERÁRIA DE PARATY E A MARGEM DO RATO

Cheguei da FLIP e ainda encontro-me avariado. Ocorreu no fim de semana a Feira Literária Internacional de Paraty-FLIP 2011. Devo registrar por escrito logo isso, pois jornalismo é rápido assim. Pois sim, nunca havia feito isso, mas resolvi ler alguns relatos que falaram do evento antes de escrever o meu. Encontrei textos jornalísticos- e jornalistas geralmente tem aquela coisa da busca pela imparcialidade que deixa eles todos meio parecidos. Percebi que preciso dar a visão de quem está dentro do lado de fora. Os que li falavam das atrações das belíssimas tendas oficiais e também na não menos oficial OFF-FLIP; falavam muito do inusitado encerramento no domingo. O polêmico artista e teatrólogo Zé Celso(já chamado de Zé Sexo pelos leigos) e sua trupe fizeram o belíssimo encerramento da FLIP na tenda principal.
Acompanho a feira desde 2006 quando OFF-FLIP era a parte da produção da FLIP que tratava de perceber, receber e documentar as performances dos artistas que não estavam registrados. Idéia integradora e democrática. Genial! Em 2007 já foi diferente, a OFF já tinha uma programação oficial e os artistas podiam inscrever seus projetos com um dia de antecedência. A produção ajudava com o que podia e davam de brinde um crachá. Em 2008 eu não fui mas fiquei sabendo que os policiais roubaram todos os livros de um vendedor de poesia ambulante paulistano e o afastaram por dez quilômetros de viatura para longe da cidade, e disseram “Isso é Paraty fuder!” Nem FLIP nem OFF queriam mais saber de artista de rua esse ano. Em 2009 acho que eu estava dormindo. Ano passado fui e relatei em “FLIP- O Extermínio dos Entornos” todo esse processo de marginalização do artista de rua e conseqüente elitização do evento em (http://www.facebook.com/patriciacarvalhooliveira#!/note.php?note_id=151072808239799)
Dessa vez a produção estava mais tranqüila quanto às vendas, entregaram para o mercado e suportam os marginais. Vendemos nossos livros, passamos o chapéu em manifestações nas ruas e nas internas, onde com a licença da palavra e as bênçãos da arte compartilhávamos e claro, passávamos o chapéu. Paraty está chiquérrima! A produção deslocou as tendas da FLIP para o outro lado da ponte, a festa amplificou-se beirando o rio até a praia do Pontal, ganhou espaço e deixou o centro histórico menos sufocado. O evento está cada vez mais elitista, vendemos muitos de nossos livros. Quanto mais elitizado maior o espaço margem –e é aí que o RATO gosta de atuar. Um marginalzinho perdido veio oferecer um crachá da flip para o RATO entrar na tenda, o tal tinha cancha com a produção do evento. O RATO negou veementemente e foi beber uma dose de cachaça com a poeta punk para não se esquecer de lembrar do porque de ali estar. “Hoje é o único dia que estou com vontade de entrar naquela tenda”, disse o RATO no domingo à tarde. A punk deu uma idéia simples e total “A gente derruba aquela proteção e entra!”. O RATO curtiu a idéia e ficaram na praia do Pontal bebendo, pitando e confabulando se era saudável a luta virar guerra. Enquanto isso uns maloqueiros de megafone faziam o lançamento dos livros. Sucesso de vendas! Uma tarde de autógrafos de pés descalços, sem camisas nem etiquetas.
Essa era a vez em que os marginais reunidos mais se aproximaram da tenda principal durante todo o evento. O mesmo assunto ia e vinha:o espetáculo de encerramento; A Macumba Antropófaga de Zé Celso. Uma rata carioca entrava em pânico só de imaginar que pudesse ficar de fora dessa. Quando uma paulistinha foi comentar da peça com Pedro Mulatão, um mandingueiro paulistão, ele nem a deixou terminar: “Não quero mais ouvir falar de Zé Celso!”, e foi grosseiro quando se levantou e saiu deixando o copo pelo meio. Um clima de tensão viva pairava ali. O RATO estava resolvido: “Vamos entrar!”. Os punks estavam certos: “Vamos quebrar!”. O povo sem ingresso do lado de fora começou a se aproximar da tenda tentando achar uma brecha. O RATO com a voz de um megafone e várias pilhas novas, veio puxando o coro, entoando o brado libertário: “BOTA PRA FUDER! BOTA PRA FUDER!” e enquanto os marginais distraiam os seguranças, o RATO escapuliu para dentro da tenda. Lá tentaram agarra-lo mas o bicho esquivou pulando por entre as botas dos  seguranças e conseguiu abraçar o Zé Celso entrando em cena: “Zé, o povo quer você, eles estão gritando bota pra fuder!”. “-Abram as portas” disse Zé Celso, “Por favor, o teatro é para o povo gente!”. Aí o RATO disse: “Então vou lá chama-los!” e quando foi sair pelo local que não tinha usado para entrar, já era aguardado ansiosamente pelos guardas de preto: “É ele! É ele!Segura ele!”. E então a luta virou guerra. Enquanto um troglodita torcia a cauda do RATO, o outro tentava arrancar de suas garras o megafone. Foi tudo rápido porque os outros ratos estavam ali fora e logo vieram socorrer. A punk gritava: “Solta o RATO! Está tudo sendo filmado!”. E o RATO sem corresponder a violência conseguiu chegar novamente aos braços do povo que o apoiou para quebrar aquela barreira. Chegando lá fora, a notícia da produção:“A entrada está liberada!”, e o povo entrou se acotovelando cada um por si belissimamente. Já o RATO saiu pelo mar. O RATO precisava entrar.
 
 
 DuduPererê

RATOS DI VERSOS QUINTA NA LAPA

qUANDO? Quinta-feira-sim 07/07/11
oNDE? Lapaeskina - em frente aos Arcos - do lado do Semente da LapA
q HORA? a partir das 21hs

RATOS DI VERSOS

RATOS de ruas, becos e lapadas;

DI VERSOS e cervejas, de poemas e piadas,

de cantos e de cantadas e tudo o mais que caiba.

Atenção para o “que caiba” pois vivemos em grupo.

RATOS são feras mamíferas que não abandonam o bando.

A banda chama, o coro clama, a garganta esquenta, alguém grita e a farra se inicia!

O RATO caminha sozinho com todos!

Ele possui um corpo que engloba o outro, tem muitas cabeças, diversas línguas, inúmeros tentáculos.

Impossível organizar o espetáculo!

Aqui o espaço é da manifestação,

só porque se expressar é bom!

Só de sacanagem!

Domingo, 19 de junho

Os produtores cancelaram o evento Santa Música, mas
SANTA TERESA ESTÁ CONFIRMADA!
Ela estará lá mesno, em SANTA TERESA!

Inclusive no domingo, dia 19!
......Conclamo ao PÚBLICO a ocupar o espaço (mais nosso impossível!) PÚBLICO!
...talvez a SANTA nem sinta a política especulação que a cerca
...mas dizem que TERESA é artista -ela mesma não se sente.
ARTISTAS são PÚBLICO
PÚBLICO é ARTISTA





Todos convidados a uma incursão dominical em Santa Teresa!
Dia 19 - domingo- rola um grande festival de música. Vastíssima programação!
Os RATOS de Lapas e becos estarão soltos por Santa Teresa para retirá-los dos trilhos e sacodir as ladeiras
e encontram-se para repartir o queijo na festa QUERIDOS BANDIDOS que entre outras tantas atrações,
lançar-se-á com o livro bilingue: FALICIDADES , psicografado pelo poeta DuduPererê
vejam o site com a programação completa. Imperdível!
http://www.festivalsantamusica.com.br

RATOS DI VERSOS EM BODAS DE PAU




Ratos não tem microfone aberto ... tem só o microfone ... nem sempre alguém quer falar nele e ele fica lá, sozinho, esperando um Ricardo maia, um Edu Planchêz ... microfone aberto não pode ser valvulado:dá choque ... microfone é fálico ... microfone é a guitarra pros Mick Jaggers ... tudo bem: vai funcionar!
Tavinho Paes

5 ANOS DE SARAVAL : A TOCA E A TROCA





A gente pode decorar poemas, representar um instrumento, tocar um texto, pintar partituras, escrever quadros, ler a vida, mastigar a existência...
E assim fazemos bem. Poesia é consequência.

5 ANOS DE SARAVAL : A BOCA QUE NÃO FECHA




Bom é reparar que o RATOS ganha vida própria.
Caminha com muitas pernas e múltiplos tentáculos tentadores!
Bom mesmo é sonhar com um RATOS DI VERSOS para além do que nosso frágil corpicho possa suportar.
O mundo passa e o espaço está aí. Somos capazes de tudo! Arte é mais!!!
E a todos os 13, os 20, os trinta, os oitenta e tantos que ontem nos dividiram a pajelança, fica a gratidão pela troca:
À serviço da gentileza,
Serei gentil, não obrigado
Agradeço por graça: GRACIAS

RATOS DI VERSOS 5 ANOS - 26/05/2011

Com orgulho, entusiasmo, respeito, dedicação e alegria que o
RATOS DI VERSOS
te convida para comemorarmos juntos 5 anos do SARAVAL da Lapa.

qUANDO? dia 26/05 quinta-sim
oNDE? Lapaeskina - em frente aos Arcos - ao lado do Semente da Lapa
q HORA? a partir das 21hs


TRAJETÓRIA:
A grande RATA matriarca não pára de dar cria. Há camundongos recém nascidos, médios e uns já bem crescidos.
Tentarei com ajuda do youtube,ilustrar a trajetória. Becos e butecos por onde balançamos a bandeira da liberdade e da alegria: Poesia!
Em nossos primeiros encontros, Tavinho experimentava uma de suas marchas no Beco do Rato


Depois de um ano, corremos para o beco ao lado, o Beco dos Carmelitas, o paraíso ideal do RATOS. Ali,sob as bençãos de um desfile travesti, conseguimos estruturar a nossa sociedade alternativa. Foi lá que comemoramos 2 anos


Às vésperas dos 3 anos, fomos empurrados para fora pelo choque de ordem associado à corrupção da PM.
No dia dos 3 anos passamos por 3 bares-ainda não nos conheciam bem, e os 2 primeiros não suportaram tamanho estardalhaço. Liberdade incomoda, e tem muita gente que a confunde. Não deu filme.Os registros estão em nossos corpos.
Aí encontramos o Balaio Cultural, um barzinho beleza, conduzido por artistas-produtores -tudo o que precisávamos!. Os Camaradas fizeram um registro que não canso de ver e rir:
http://www.youtube.com/watch?v=xMM8RaRyQl4

O espaço foi vendido e ficamos sem abrigo, aí corremos para a Escadaria da Lapa: Selarón. Muitos ajudaram a carregar esse piano:


Até chegarmos ao LAPAESKINA atual. Não precisamos de filme pois este se fará (se alguém filmar)
SEJA SOLIDÁRIO. LEVE SUA ARTE

RATOS DI VERSOS - SARAVAL - DIA 12 - LAPA



É SARAVAL! É QUINTA-SIM!
É RATOS DI VERSOS

oNDE? Lapaeskina - ao lado do Semente da Lapa - em frente aos Arcos
qUANDO? quinta - 12/05 q HORA? a partir das 21hs

Dia desses me perguntaram o que era o RATOS DI VERSOS, pensei, quem sou eu?
Depois lembrei que sou poeta(bate na boca!) e que tinha a obrigação de tentar escorrer pelas palavras. Saiu:

RATOS DI VERSOS : O SARAVAL

o RATOS é um bicho de múltiplas cabeças. diversas línguas. variados tentáculos.
o RATOS é um palhaço com pinta de oráculo.
o RATOS é um punkRock de preto dando um tiro no próprio ouvido. uivando Beatles.
o RATOS é coisa linda é sedução é saliência.
o RATOS é palavrão. um FODA-SE organicamente parido.
o RATOS é colorido.
RATOS DI VERSOS É SARAVAL!
o RATOS tem ouvidos para o rico e o pobre. o bêbado e o padre.
o RATOS é pobre. vira e volta, tá duro. anda sem teto.sem futuro.
o RATOS é rico. se banha de poesia, enche a cara de alegria e dá de bandeja o presente.
o RATOS é cabeludo. cor de zinco. ornitorrinco tocando tuba. RATOS é turba!
no delírio da palavra brinca ele brinca ela o doidão o careta tem poema tosco metrificado soneto tem piada de branco tem piada de preto tem mendigo tem poeta e tem mendigo poeta.
o RATOS quente pulsa bomba prestes a começar. um sarau? será?
o RATOS faz estardalhaço. rasga a roupa do rei. veste-se de malandro.na Lapa saúda a lua.
o RATOS na rua na madruga na escada no beco de Bandeira a desfraldar caquinhos, a iluminar o mínimo: poesia.
o RATOS não tem educação.isso não. geralmente está bêbado. confunde seu nome.não te escuta. esquece do compromisso e ainda acha que não tem nada com isso.diz que você é o responsável.
o RATOS é o cientista louco no momento insight do laboratório. o RATOS é falatório.
RATOS DI VERSOS: um bichinho acolhedor como a metrópole- o RATOS arde e é feroz.
OS RATOS SOMOS NÓS!
(o RATOS é capaz de coisas que o pensamento não dá tempo)


PRÓXIMA ATRAÇÃO: 5 ANOS DE RATOS DIVERSOS!!!!!!!!!!!!!!

SANTA MARTA É SHOW !





Ontem cheguei no Santa Marta 6 e meia para ouvir o barulho da banda Na Sala do Sino. Lá embaixo, na praça, vi um cardume de belas moças bebendo cerveja no isopor do camelô. Cheirosas e preparadas para a night. Cheguei a cogitar a hipótese de que o grupo pretendesse o mesmo evento que eu. Subi um pouquinho o morro e soube que o show era as nove. Bom,aproveito para tentar (re)conhecer a comunidade “pacificada”(com todas as aspas possíveis - um dia antes a Polícia Federal roubava o transmissor da rádio comunitária autorizada pela Prefeitura). Fui até o ponto do teleférico e apreciei a vista da enorme fila de turistas e nativos para subir de bonde. Mas a correnteza das preparadas, o fluxo de estrangeiros ao lugar, levou-me em direção a quadra da escola de samba. A rua em frente, tomada de gente. Muita Gente. Pessoas muito parecidas umas com as outras. Estranho. Senti-me um estrangeiro dentro de um grupo de estrangeiros estranhos. Era outro evento no morro. Um show de pagode na quadra. Os rapazes: fortinhos de academia e blusas curtas; as patricinhas, lindas, pareciam de cerâmica. “Bochechinha rosa e cabelo que voa”. Todos eles enfrentavam uma enorme fila para conseguirem o idêntico bracelete verde florescente. O morro tá bombando de eventos. A igreja está liberada. O baile está proibido.

Ah é, comecei a escrever para falar da surpresa, quer dizer, da música, digo, do espetáculo que participei. Há muito já paquerava isoladamente mas ontem conheci o coletivo. Na Sala do Sino surpreendeu-me. Em Cena. Já havia escutado músicas, lido poemas, assistido vídeos. A boa arte não acontece assim tão simples via vídeo ou cd. Escuta o cd, tem uma idéia: tipo de música, tecnicamente, proposta da banda. A gente entende. Entender é bom mas é pouco. Saber é sentir o sabor. É no momento oportúnico que a Arte se manifesta. Ela é a Festa! Esquenta o público com a vibração. A guitarra feroz constrói e destrói. Escreve de giz, apaga, escreve outra coisa. Do baião ao rocknroll com sutileza. Naturalidade de quem engole a caça e bebe ácido-híbrido. Antropocomida.

Na Sala do Sino no palco. Digo, Em Cena. Vivendo a íntegra. Entregando tudo. Entorpecendo o ritmo. Mudando o cabo. Combinando o som como se respira: sem pensar no combinado. Inspirando poesia. Incrementando Ratos.

Missão: o inter-dito. Desinterditar o diálogo. Trocar de igual para igual. Cada um com seu cada qual. Cada qual com seus para ondes. Trocando. Não é doação, é troca. Clamando o toque. Lembrando que arte arde. Tocando. Mexe na ferida. O baile funk proibido. Só o tecladinho. O pagode-pulseirinha cheio de playboy e patricinha.A Leitura. O salário. O baixo. Chegou a cidadania. Vão ter que pagar água e luz. Baterabaterateratera. Ainda não tem água mas já tem que ir pagando. Poesia. Olha que beleza: o valor do imóvel triplicou! Gooooool!!!!



Dudu Pererê

Monólogo da dúvida – Existência


Monólogo da dúvida – Existência


Existência que existis,
Mesmo antes de tal nomenclatura.
Divindade existencial,
Respostas do por que
De não ser um simples final banal.

Vida de castigo para a morte,
Porta da vida plena.
Ateus apresentam controvérsias,
Preferem à ciência?

Eu apenas observo,
Desdenho, mas não apoio nada ao certo.
Dos porquês respondidos misticamente,
Tantos que escolhi para aceitar parcialmente.

Vida eterna após a morte,
Ou reencarnação.
Ponto final ao ultimo batimento,
Ou não doar sangue para ter a aceitação.

Não acreditar no divino.
Propor ser mero adubo.
Um acaso do destino,
Depois de uma explosão que cria tudo.

O profeta. As Deusas, Mãe Terra.
Sentar e respirar,
Meditar e agradecer por aqui estar.
Há tanto que me entra a mente,
Mas tanto que me faz rir e desacreditar.

Sou macho, vim da lama,
Fêmea da costela,
Ou do barro para depois vagar,
Pois o machismo existe
Desde quando Lilith quis dominar.

Diga-me oh esperança,
Há algo que me aconselha acreditar?
Fale-me confiança,
Onde devo me apoiar?

Se o pecado conhece a existência,
Estou a pecar porque em Tomé quis me inspirar?
Se nesse momento a divindade dominante,
Observa-me com amargura.

Assim como meu inspirador recebeu perdão,
Se cometo o erro e a reencarnação me permitir,
Peço que me de outra vida,
Para que de ti eu não ouse desmentir.

Transforme-me em algo diferente do que sou,
Dúvida.
E faça me ser a única que há ti sempre venerou.
Fé.


Mas se o tal não existir,
Cada um acredita no que quiser.



Feito no dia: 25/01/11 - 10h07min.
A. Alawara Chavéz

Zé Presidente pela reabertura!

Quando o carimbo se torna prosa; a poesia se faz de rosa: despetalada; se faz de árvore: sem folhas... Na boca do Binho ninguém bota rolha, q o sarau do nêgo rejeita ferrolhos (e num 'dianta dizer que num pega bem, que cai mal... - pruquê C.A.I-MAL a gente falou primeiro!!; pruquê segundo nêgo num atura - Zé Presidente pela reabertura!!!)

Marcelo Nietzsche ainda lança livro:
Pequeno Caderno de um Calhorda Bem Resolvido


[ ‎!! Ovo Virado na Virada SP !! ] [click!]¬


Quem ?

Quem vai me passar pra trás?

   Prefeitura?!
          Burocratas?!
                                Jazz...

     Lanço-me ao ímpeto

Levanto os punhos

               e lanço sorrisos

      Lanço meus livros

              e mil livros me levam

  a lançar outras coisas

         Como pedras lançadas

                ao precipício

  Puro prazer da palavra

         Poesia-Vício - puro desafio!













Relatorio de Sao Paulo



leia-se

PROIBIDO SAO PAULO


e segurem o canto
o show foi cancelado
e segurem a grana
cancelaram o lancamento do livro
e segurem os olhos
cancelaram os filmes
e segurem a vida
cancelaram a cultura

Apesar da autorizacao para reabertura do Espaco Ze Presidente a prefeitura proibiu
....

e nao havera mais o evento C.A.I-MAL onde Marcelo Nietzsche estaria lancamento o livro Pequeno Caderno de um Calhorda Bem resolvido.



Calhordas uni-vos!
senao
a prefeitura de Sao Paulo
deixa voces para tras

RATOS POR SÃO PAULO

Vamos nos exportando, nos influenciando e influenciando.
Fazendo tabelinhas com São Paulo via Poesia Maloqueiristas






Sarau Malocália
* Literatura (Sesc Pinheiros) dia 16 às 20h00
Os poetas Maloqueiristas, Caco Pontes, Berimba de Jesus e Pedro Tostes recebem convidados entre poetas e músicos para uma grande celebração literária. Dos trópicos urbanos, eis que surgem Maloqueiristas e agregados, miscigenando tendências, intervindo, provocando. A apresentação é um misto de sarau, performance e show, em que os poetas interagem com o público, lançando manifestos, palavras e utopias ao vento. Com o Coletivo Poesia Maloqueirista.
SIM! e lá estará DUDU PERERÊ, como convidado.


Dia 18

Marcelo Nietzsche estará começando o lançamento do seu livro "Pequeno Caderno de um CALHORDA bem resolvido" em São Paulo no Sarau do Binho .




e depois no dia 20

C.A.I-MAL
(Centro de Ação In-forMAL)
Espaço de Proposição dos Caos Culturalpoesia, música, instalações, performances, tremores, projeções, possibilidades.

Frequências Sonoras: Meia Dúzia de 3 ou 4 e MultiSamboFônico (Guilherme Folco).
Falatório Literário: Daniel Minchoni, Marcelo Nietzsche, Carlos Galdino e Dani Smith.
Tubo de Ensaio: Orquestra Megafônica, Chiu Yi Chih e Gabriel Kerhart.
Ex-posição: Edu Barreto, Beatriz Jorge, Victor Meira e Aron Aguiar.

Lançamento do livro "Pequeno Caderno de um Calhorda", no caso Marcelo Nietzsche, Edições Maloqueirista.

Curtas & Docs.: Jaguaribe Carne - Alimento da Guerrilha Cultural (Fábia Fuzeti e Marcelo Garcia), Adão e Erva (Cactos Intactos), Entre Tuas Rodas (Vitor Mafra), Cronaxia (Paloma Kliss), A Lâmpada e a Flor (Pablo Ferreira). Caipirinha a 3 conto, para acompanhar a sessão (até 23h30).
Na pista: BRAGA Sound System
Realização: Overlei e Poesia Maloqueirista.
Entrada: R$5 até 0h, após R$10

*Poesia-Cartaz de Karol Pinheiro
Diversão garantida ou sua televisão de volta!

RATOS DI VERSOS - quinta-sim - dia 14 -Lapa



E depois ......................

acontecerá a festa QUERIDOS BANDIDOS na Lapa.
Um evento multi-artístico ! Com Bandas, Poeta da Noite, Artes Plásticas e mais Performances !!
Grande noite INTERATIVA!
Com e DJ e até Mestre de Cerimônia !!

Bandas:
Na Sala do Sino
Beach Combers
Wagner José e seu Bando

Exposições:
Fernanda Lemos
Ricardo Matos
Mauricio Ruiz

Poeta da noite:
Nelsinho Neto

Lançamento do Livro:
BANHEIRO QUIMICO - Robson Silva

Performance:
Aimberê Cesar

DJ - Bob Pai
Transmissão ao Vivo pela radio MADAME SATÃ
www.radiomadamesata.org

Godô Quincas nosso mestre de cerimônias

ENTRADA: $10 REAIS
LISTA AMIGA: $6 REAIS -> www.nasaladosino.com.br/listaamiga

QUINTA 14/04 ÀS 22:00

End: Av. Mém de Sá, 37 - Lapa (FEBARJ)
Inf: (21) 8322-6637

Niver dududu

Na quinta
Alô gente!
Amanhã-quinta- é dia de ir Lapo SARAU, na Lapa do nosso SARAVAL! Um sarau que está ficando cada vez mais bonito!
A poeta homenageada da noite será Monica Montone,e aproveitaremos a farra para comemorar o aniversário de DuduPererê. Vamos? Claro-que-vamo-que-vamo!
Não precisa levar presente, mas não esqueçam a presença!
E na quinta

RATOS DI VERSOS

eis que se aproxima a nossa sagrada quinta-sim!

Acho que Sara pegou o ritmo do Carná, passou por cima das cinzas, desrespeitou a quarta e continuou até as quintas da noite...

Mas o RATOS quer te tocar!

Os RATOS têm muito a dizer!

O RATOS precisa de troca!

Então aumentem os RATO-FALANTES

Vamos investir no SARAU do nosso SARAVAL!

Aliás, mais um bom pretexto para o encontro é DuduPererê que aniversaria,

não é necessário presentes, mas não esqueçam as presenças.
RATOS, qua tal começarmos(mesmo) o sarau as 21hs? Contamos com todos, somos todos!


Local: Lapaeskina (ao lado do Semente da Lapa)
a partir das 21hs
quinta 31/03

RATOS DI VERSOS - quinta-sim - dia 17 -Lapa































RATOS DI VERSOS
desfiando fantasias e fantasiando caras e caretas.
Essa quinta é QUINTA-SIM, dia de SARAVAL!
Debaixo dos Arcos os RATOS trazem a fanfarra e esquentam o carnaval.

oNDE? Lapaeskina -Rua Joaquim Silva(em frente aos Arcos,ao lado do bar Semente da Lapa)
qUANDO? 17/02 - quinta-sim
q HORAS? a partir das 21hs

"o poeta jogou uma semente no seu quintal, de repente brotou um tremendo SARAVAL"


RATOS DI VERSOS muda a data, essa quinta, dia 3, é quinta-sim!

   - Você canta de noite, seu galo?
      - Se canto! Começo à meia-noite e vou madrugada afora, cocoricóóóóóóó’!
   - Não serve! Vá andando!

   E assim passaram o carneiro, o macaco, a onça, a anta, a capivara, o gambá, muitos e muitos bichos... Nenhum servia, porque iria incomodar o soninho leve de Dona Baratinha.

   Já bem tarde, lá pela meia-noite, passou um camundongo, quietinho, sorrateiro, dando corridinhas e paradinhas. Espiando matreiro para todos os lados. Dona Baratinha parou a espiar os seus inquietos manejos, divertida com o bichinho, e quase se esquecia de perguntar. Lembrou-se em tempo, quando o camundongo já ia longe:

   "Quem quer casar com dona Baratinha, tão bonitinha, que tem dinheiro na caixinha?"

   - Eu quero – guinchou o ratinho.
      - Coé ratinho?! Você quer?
   - Quero.
      - Como é que você faz de noite?
O ratinho guinchou:
   - Cuin, cuin, cuin.
      - Assim baixinho? Então serve! Como é o seu nome?
   O ratinho empolou bem o peito e falou:
         
- Dom Ratão!








Boa notícia aos RATOS:
O Lapaesquina nos acolheu e dessa vez vai até abrir as portas para a invasão de DI VERSOS RATOS.
Mudamos a data, agora tocaremos o SARAVAL na quinta-feira quinzenal(quinta-sim/quinta-não).
Então conclamamos:
RATOS DI VERSOS
No Lapaesquina - Rua Joaquim Silva em frente aos arcos da Lapa,
ao lado do bar Semente da Lapa
Quinta-feira dia 3/02
A partir das 21hs
Esse é nosso quinto ano e essa é nossa quinta toca, então, se liga:

RATOS de ruas, becos e lapadas; DI VERSOS e cervejas, de poemas e piadas, de cantos e de cantadas e tudo o mais que caiba. Atenção para o “que caiba” pois vivemos em grupo. RATOS são feras mamíferas que não abandonam o bando. A banda chama, o coro clama, a garganta esquenta, alguém grita e a farra começa!

O RATO caminha sozinho com todos!

Ele possui um corpo que engloba o outro, tem muitas cabeças, diversas línguas, inúmeros tentáculos.

Impossível organizar o espetáculo!

Quando nasceu o RATOS há cinco anos, a idéia imatura da “auto-gestão” foi quem nos guiou certo pela contra-mão. Todos no mesmo chão negociam o espetáculo, gerindo a farra, fazendo algazarra.“Microfone Aberto!” Sempre! Para quem quiser e na hora que sentir que é a hora. “Qualquer criança brinca qualquer criança se diverte”, a palavra é um brinquedo, é música! “Brinca ele brinca ela!”. Aqui se o público não se manifesta, não temos como começar a festa.

O microfone por vezes vazio de voz ...........................................................................................................................é o tempo que temos para os outros, para nós; é a marca de que a coisa anda sem violência e pressa.

O espaço está a postos às manifestações. A coisa se forma e se firma com o envolvimento com o espaço. Quem conheceu o RATOS DI VERSOS no Beco dos Carmelitas, sob as graças do desfile em tapete vermelho das mais belas travestis do Rio, sabe bem do que estou dizendo. Lá conseguimos uma relação de RATOS VIVOS que em manifestações espontâneas dirigia o decurso do evento. Estamos em outro momento e agora é explorar a nova toca, cheirá-la, senti-la. Enfim, sentir-se.

duduperere

RATOS DI VERSOS - TERÇA-SIM - LAPA

OBA OBA, ESSA TERÇA É A NOSSA TERÇA-SIM DE SARAVAL
RATOS DI VERSOS
Ainda sob efeitos DI VERSOS das comemorações de 60 anos do Don Ratão, os RATOS conclamam o próximo SARAVAL

qUANDO? terça-sim 18/01
Onde? Bar Lapaeskina Rua Joaquim Silva - subida de Santa Teresa, em frente aos arcos da Lapa, ao lado do Semente
q HORAS? a partir das 21hs
dessa vez faremos a experiência com amplificação eletrônica da voz

seja solidário, leve sua arte