RATOS DI VERSOS EM BODAS DE PAU




Ratos não tem microfone aberto ... tem só o microfone ... nem sempre alguém quer falar nele e ele fica lá, sozinho, esperando um Ricardo maia, um Edu Planchêz ... microfone aberto não pode ser valvulado:dá choque ... microfone é fálico ... microfone é a guitarra pros Mick Jaggers ... tudo bem: vai funcionar!
Tavinho Paes

5 ANOS DE SARAVAL : A TOCA E A TROCA





A gente pode decorar poemas, representar um instrumento, tocar um texto, pintar partituras, escrever quadros, ler a vida, mastigar a existência...
E assim fazemos bem. Poesia é consequência.

5 ANOS DE SARAVAL : A BOCA QUE NÃO FECHA




Bom é reparar que o RATOS ganha vida própria.
Caminha com muitas pernas e múltiplos tentáculos tentadores!
Bom mesmo é sonhar com um RATOS DI VERSOS para além do que nosso frágil corpicho possa suportar.
O mundo passa e o espaço está aí. Somos capazes de tudo! Arte é mais!!!
E a todos os 13, os 20, os trinta, os oitenta e tantos que ontem nos dividiram a pajelança, fica a gratidão pela troca:
À serviço da gentileza,
Serei gentil, não obrigado
Agradeço por graça: GRACIAS

RATOS DI VERSOS 5 ANOS - 26/05/2011

Com orgulho, entusiasmo, respeito, dedicação e alegria que o
RATOS DI VERSOS
te convida para comemorarmos juntos 5 anos do SARAVAL da Lapa.

qUANDO? dia 26/05 quinta-sim
oNDE? Lapaeskina - em frente aos Arcos - ao lado do Semente da Lapa
q HORA? a partir das 21hs


TRAJETÓRIA:
A grande RATA matriarca não pára de dar cria. Há camundongos recém nascidos, médios e uns já bem crescidos.
Tentarei com ajuda do youtube,ilustrar a trajetória. Becos e butecos por onde balançamos a bandeira da liberdade e da alegria: Poesia!
Em nossos primeiros encontros, Tavinho experimentava uma de suas marchas no Beco do Rato


Depois de um ano, corremos para o beco ao lado, o Beco dos Carmelitas, o paraíso ideal do RATOS. Ali,sob as bençãos de um desfile travesti, conseguimos estruturar a nossa sociedade alternativa. Foi lá que comemoramos 2 anos


Às vésperas dos 3 anos, fomos empurrados para fora pelo choque de ordem associado à corrupção da PM.
No dia dos 3 anos passamos por 3 bares-ainda não nos conheciam bem, e os 2 primeiros não suportaram tamanho estardalhaço. Liberdade incomoda, e tem muita gente que a confunde. Não deu filme.Os registros estão em nossos corpos.
Aí encontramos o Balaio Cultural, um barzinho beleza, conduzido por artistas-produtores -tudo o que precisávamos!. Os Camaradas fizeram um registro que não canso de ver e rir:
http://www.youtube.com/watch?v=xMM8RaRyQl4

O espaço foi vendido e ficamos sem abrigo, aí corremos para a Escadaria da Lapa: Selarón. Muitos ajudaram a carregar esse piano:


Até chegarmos ao LAPAESKINA atual. Não precisamos de filme pois este se fará (se alguém filmar)
SEJA SOLIDÁRIO. LEVE SUA ARTE

RATOS DI VERSOS - SARAVAL - DIA 12 - LAPA



É SARAVAL! É QUINTA-SIM!
É RATOS DI VERSOS

oNDE? Lapaeskina - ao lado do Semente da Lapa - em frente aos Arcos
qUANDO? quinta - 12/05 q HORA? a partir das 21hs

Dia desses me perguntaram o que era o RATOS DI VERSOS, pensei, quem sou eu?
Depois lembrei que sou poeta(bate na boca!) e que tinha a obrigação de tentar escorrer pelas palavras. Saiu:

RATOS DI VERSOS : O SARAVAL

o RATOS é um bicho de múltiplas cabeças. diversas línguas. variados tentáculos.
o RATOS é um palhaço com pinta de oráculo.
o RATOS é um punkRock de preto dando um tiro no próprio ouvido. uivando Beatles.
o RATOS é coisa linda é sedução é saliência.
o RATOS é palavrão. um FODA-SE organicamente parido.
o RATOS é colorido.
RATOS DI VERSOS É SARAVAL!
o RATOS tem ouvidos para o rico e o pobre. o bêbado e o padre.
o RATOS é pobre. vira e volta, tá duro. anda sem teto.sem futuro.
o RATOS é rico. se banha de poesia, enche a cara de alegria e dá de bandeja o presente.
o RATOS é cabeludo. cor de zinco. ornitorrinco tocando tuba. RATOS é turba!
no delírio da palavra brinca ele brinca ela o doidão o careta tem poema tosco metrificado soneto tem piada de branco tem piada de preto tem mendigo tem poeta e tem mendigo poeta.
o RATOS quente pulsa bomba prestes a começar. um sarau? será?
o RATOS faz estardalhaço. rasga a roupa do rei. veste-se de malandro.na Lapa saúda a lua.
o RATOS na rua na madruga na escada no beco de Bandeira a desfraldar caquinhos, a iluminar o mínimo: poesia.
o RATOS não tem educação.isso não. geralmente está bêbado. confunde seu nome.não te escuta. esquece do compromisso e ainda acha que não tem nada com isso.diz que você é o responsável.
o RATOS é o cientista louco no momento insight do laboratório. o RATOS é falatório.
RATOS DI VERSOS: um bichinho acolhedor como a metrópole- o RATOS arde e é feroz.
OS RATOS SOMOS NÓS!
(o RATOS é capaz de coisas que o pensamento não dá tempo)


PRÓXIMA ATRAÇÃO: 5 ANOS DE RATOS DIVERSOS!!!!!!!!!!!!!!

SANTA MARTA É SHOW !





Ontem cheguei no Santa Marta 6 e meia para ouvir o barulho da banda Na Sala do Sino. Lá embaixo, na praça, vi um cardume de belas moças bebendo cerveja no isopor do camelô. Cheirosas e preparadas para a night. Cheguei a cogitar a hipótese de que o grupo pretendesse o mesmo evento que eu. Subi um pouquinho o morro e soube que o show era as nove. Bom,aproveito para tentar (re)conhecer a comunidade “pacificada”(com todas as aspas possíveis - um dia antes a Polícia Federal roubava o transmissor da rádio comunitária autorizada pela Prefeitura). Fui até o ponto do teleférico e apreciei a vista da enorme fila de turistas e nativos para subir de bonde. Mas a correnteza das preparadas, o fluxo de estrangeiros ao lugar, levou-me em direção a quadra da escola de samba. A rua em frente, tomada de gente. Muita Gente. Pessoas muito parecidas umas com as outras. Estranho. Senti-me um estrangeiro dentro de um grupo de estrangeiros estranhos. Era outro evento no morro. Um show de pagode na quadra. Os rapazes: fortinhos de academia e blusas curtas; as patricinhas, lindas, pareciam de cerâmica. “Bochechinha rosa e cabelo que voa”. Todos eles enfrentavam uma enorme fila para conseguirem o idêntico bracelete verde florescente. O morro tá bombando de eventos. A igreja está liberada. O baile está proibido.

Ah é, comecei a escrever para falar da surpresa, quer dizer, da música, digo, do espetáculo que participei. Há muito já paquerava isoladamente mas ontem conheci o coletivo. Na Sala do Sino surpreendeu-me. Em Cena. Já havia escutado músicas, lido poemas, assistido vídeos. A boa arte não acontece assim tão simples via vídeo ou cd. Escuta o cd, tem uma idéia: tipo de música, tecnicamente, proposta da banda. A gente entende. Entender é bom mas é pouco. Saber é sentir o sabor. É no momento oportúnico que a Arte se manifesta. Ela é a Festa! Esquenta o público com a vibração. A guitarra feroz constrói e destrói. Escreve de giz, apaga, escreve outra coisa. Do baião ao rocknroll com sutileza. Naturalidade de quem engole a caça e bebe ácido-híbrido. Antropocomida.

Na Sala do Sino no palco. Digo, Em Cena. Vivendo a íntegra. Entregando tudo. Entorpecendo o ritmo. Mudando o cabo. Combinando o som como se respira: sem pensar no combinado. Inspirando poesia. Incrementando Ratos.

Missão: o inter-dito. Desinterditar o diálogo. Trocar de igual para igual. Cada um com seu cada qual. Cada qual com seus para ondes. Trocando. Não é doação, é troca. Clamando o toque. Lembrando que arte arde. Tocando. Mexe na ferida. O baile funk proibido. Só o tecladinho. O pagode-pulseirinha cheio de playboy e patricinha.A Leitura. O salário. O baixo. Chegou a cidadania. Vão ter que pagar água e luz. Baterabaterateratera. Ainda não tem água mas já tem que ir pagando. Poesia. Olha que beleza: o valor do imóvel triplicou! Gooooool!!!!



Dudu Pererê

Monólogo da dúvida – Existência


Monólogo da dúvida – Existência


Existência que existis,
Mesmo antes de tal nomenclatura.
Divindade existencial,
Respostas do por que
De não ser um simples final banal.

Vida de castigo para a morte,
Porta da vida plena.
Ateus apresentam controvérsias,
Preferem à ciência?

Eu apenas observo,
Desdenho, mas não apoio nada ao certo.
Dos porquês respondidos misticamente,
Tantos que escolhi para aceitar parcialmente.

Vida eterna após a morte,
Ou reencarnação.
Ponto final ao ultimo batimento,
Ou não doar sangue para ter a aceitação.

Não acreditar no divino.
Propor ser mero adubo.
Um acaso do destino,
Depois de uma explosão que cria tudo.

O profeta. As Deusas, Mãe Terra.
Sentar e respirar,
Meditar e agradecer por aqui estar.
Há tanto que me entra a mente,
Mas tanto que me faz rir e desacreditar.

Sou macho, vim da lama,
Fêmea da costela,
Ou do barro para depois vagar,
Pois o machismo existe
Desde quando Lilith quis dominar.

Diga-me oh esperança,
Há algo que me aconselha acreditar?
Fale-me confiança,
Onde devo me apoiar?

Se o pecado conhece a existência,
Estou a pecar porque em Tomé quis me inspirar?
Se nesse momento a divindade dominante,
Observa-me com amargura.

Assim como meu inspirador recebeu perdão,
Se cometo o erro e a reencarnação me permitir,
Peço que me de outra vida,
Para que de ti eu não ouse desmentir.

Transforme-me em algo diferente do que sou,
Dúvida.
E faça me ser a única que há ti sempre venerou.
Fé.


Mas se o tal não existir,
Cada um acredita no que quiser.



Feito no dia: 25/01/11 - 10h07min.
A. Alawara Chavéz