RATOS NESTE SÁBADO

E os RATOS DI VERSOS ganharão essa semana pelo sábado.
Depois de longa peregrinação pela Lapa na cata da toca,
eis que um irrecusável convite nos colabora.

(Quando na falta de aconchegante cachanga que nos abrigue, o RATOS DI VERSOS costuma acionar o RATOS de Laboratório como "plano B".)

E a próxima experiênc ia será justamente lá.
Onde? No Plano B.
O Plano B é uma lojinha na Lapa, aprofundada nos sulcos do vinil.
O RATOS DI VERSOS já lá estiveram e adoraram! Sábado subirão novamente! Vamo vamo??

Dia: 30/05/09 SÁBADO 21hs
Rua Francisco Muratori 2a - Lapa - Rio de Janeiro
do lado da esquina da Riachuelo com Gomes Freire
rua que sobe para Santa Teresa

Balanço dos 3 anos de Ratos di Versos - 17/05/2009

No sábado o RATOS DI VERSOS completou 3 anos de serviços públicos na casa da Lapa, nossa madame-madrugada. No dia seguinte escrevi uma resenha a respeito do andamento do evento, mas ainda bem que não a tornei pública. Um dia após o ocorrido ainda emocionalmente afetado, era impossível uma fria análise da situação, que nos leva a ver prós e contras. Ainda estava abalado pelos contras...


Cheguei lá no bar Bodega da Boa por volta das 19hs e já havia um público considerável. Fiquei contente, e depois é que alguém contou que a dona do bar havia marcado um chá de panela com feijoada completa no mesmo dia do RATOS. Até aí tudo bem, acho super instigante o exercício de transformação do público em platéia, porém...


Bom, o bar possui uma tal de Cash-Box ou

Box-Junk,não sei o nome, mas refiro-me

àquelas caixas de música “Papa-UmReal”.


O público da poesia chegava aos poucos, no decorrer da noite, e as mesas já rareavam. Enquanto isso a festa era feita pela barulhenta caixinha do UmReal, tocando de O Rappa a Banda Calypso.


Ligou-se o microfone. Damasceno deu início à poesia, pedindo licença à caixa de música, tocou músicas de verdade, feitas ali, agradando aos roedores de queijo e os papa-feijoada. Nesse momento, o bar já se encontrava espacialmente segregado entre gregos e troianos que guerreavam por uma melhor distribuição de cadeiras. O violão parou e começava a poesia. Após uns dez minutos de poemas mal escutados(a balbúrdia no bar era muito grande), a moça casamentada, que era prima da dona do bar, e todo o seu grupo(maior do que o nosso público que ainda chegava) resolveram que gostariam muito de escutar música. Não música do violão daquele cara não, música da caixa de som, aquela que se coloca a nota, escolhe a música e ela grita.


Começava o debate dialético que se seguiu até que a galera do chá de panela levantou-se em motim pedindo música, e uma gordinha mais desinibida(o indivíduo, sempre o indivíduo), foi até a caixa mágica e colocou 2 reais e a música caiu como um deslizamento de barreira, soterrando a voz microfonada. Aí alguns ânimos pularam! Até que chegou-se ao ponto de não conseguirmos mais permanecer no ambiente. A hostilidade havia se instalado.


Quando desequipamos o bar do nosso material, percebi que a poetada já tinha se encostado no bar ao lado e, engasgada que estava, rasgava o verbo nos poemas no gogó para os desavisados que ali estavam. Então guardamos tudo e fomos para lá. Já lá, o atendente do bar aumentou o som da TV e não deu outra, alguém(olha o indivíduo) foi até o bar do outro lado da rua e convenceu o dono a hospedar um grupo de arruaceiros em prol da poesia. A idéia girou naquele ambiente, passava de boca a boca, uns diziam que podia até ligar o microfone, outro que a cerveja estava mais gelada, e assim assim fomos indo para o outro lado da rua, para um boteco apertado e de esquina. E ali comemoramos, e ali dissemos poemas e ali subimos na mesa e ali até o Maurição estava... Ficamos por ali...


Os amantes da poesia, os amigos RATOS DI VERSOS estavam ávidos por aquele encontro. Alguns com textos para experimentação, outros com poemas especiais para a ocasião, todos querendo ouvi-los. Isso levou os RATOS DI VERSOS ao terceiro boteco da noite, para lá trocarem o que queriam. Essa é que foi a parte pró, a parte boa de toda a cagada. A turma da poesia com força de reunião e espírito de não vamos parar. A poetada encaixou no boteco e a poesia...........encaixou com tudo, e veio no nosso encalço. Se ela falasse, agradeceria. Que assim seja sempre. Amém.

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DuduPererê
Se eu fosse um rato...


Se eu fosse um rato eu me esconderia no lixo
Se eu fosse um rato eu não sentiria pena dos “humanos”
Se eu fosse um rato eu não pensaria
Se eu fosse um rato eu não sofreria
Se eu fosse um rato eu viveria sem ouvir os homens
Se eu fosse um rato eu não teria pesadelos dormindo e nem acordado

Mas, infelizmente eu sou um homem e tenho que conviver com os meus.
Eu sinto pena das pessoas que vivem pior que um rato
Eu sinto porque penso
Eu sofro porque ouço o que os homens dizem
Eu tenho pesadelos porque a humanidade é um pesadelo

Parabéns senhores ratos, vocês são o que são... E são: “FELIZES”.

Américo S. Rissato

É festa!


RATOS DI VERSOS de aniversário.


Ainda estamos engatinhando porém

para RATO 3 anos é idade boa, é mocidade!


Lugar: Bodega da Boa (Rua Gomes Freire, 602 Lapa)

Tempo: com chuva ou com sol as 20:30hs

Dia: Sábado-já 16/05


Que festival que foi o RATOS DI VERSOS na estréia da nova toca! Foi no sábado retrasado. Foi bacana! Os amigos bichos vieram todos para ver e aprovaram o novo reduto. Trata-se da “Bodega da Boa”, um boteco climatizado na Gomes Freire com saborosos quitutes e cerveja de garrafa gelada e a preço justo!

Que desbunde! A ratatada chegou mais tarde e naturalmente, quis sair mais tarde. Lá pelas tantas, os RATOS tontos de tanto, começamos a desequipar e preparar para o fim do evento, quando veio um bicho Coala perguntando por que já terminaria... Pensei: Bicho Coala que anda com Morcego amanhece com focinho de RATO e daí para começar a comer queijo é mole mole; mas explicando ao Coala amigo: -Só terminamos porque uma hora precisava terminar. Só teve fim aquela noite porque precisávamos começar a começar o evento de sábado agora, onde festejaremos 3 anos de múltiplorgia da palavra. Orgia no melhor sentido possível, que é o sentido sentido.


Quem esteve lá sábado, quem já curtiu em algum beco da Lapa, quem acompanha os trabalhos extraordinários do RATOS sabe o valor do peso da palavra usada. É coisa de só com as presenças mesmo para dar nas idéias.


A trama a priori é mínima e a tara pela palavra é total. Quando afirmo e defendo o RATOS como entidade Lapiana, como ser transcendental, como sensação e coisa não. É que convenço-me a cada dia que o RATOS não é poema, é poesia.


dudupererê

AGORA JÁ SÃO TRÊS ANOS

será que vai chover?
a chuva que vem da uva
o vinho que inunda veias
o sangue que avermelha a cara
a voz que se solta da boca
o riso que cruza o salão

e os ratos nisto tudo?
os ratos remam reluzindo
na rua o rastilho que rala
o reino dos astros de todos
sem rusga a ratoeira recolhe
e acolhe para mais um aniversário


(Sábado, dia 16, no bar Bodega da Boa. 20:00)