TEXTO do ANDRÉ

Bem sei o que é ser um rato diverso

há tempos vivi submerso em um universo

adverso repleto de versos rimas e prosas

poucos não são as situações calamitosas

obras relacionadas com corruptibilidade

nem toda sua conta bancaria paga minha dignidade

os ladrões de verdade vestem colarinho branco

desculpem se estou sendo franco

querem me fazer parar mas vou nos trancos

e barrancos para sair da Sapata

mostrar que não tenho Sangue de Barata

nas passeatas junto a outros tão eficazes

ostentamos dizeres e cartazes

fazes de uma vida no sentido

como o trigo é moído

meus ossos consumidos pela concupiscência

discorro frases com as bases da existência

de seres pobres e desafortunados

sobrevivem no aperto e em lugares

áridos flexíveis e inculturados



(André é um camarada que se chegou no evento que fizemos na Praça Mario Lago e nos deixou esse no último evento no Balaio Cultural)