POEMAS DE RATOS (uma série)

Um poeta veste a fantasia enquanto se despe

eu corro, salto, rodopio, solto fagulhas e versos
falo a fala de quem fala a mesma língua
que se enrosca nas palavras e no beijo roubado
debaixo das saias onde me refresco e renovo
pulo pros lados, pros abraços e amassos
viro pro outro lado, dou pirueta e um salto mortal
mortal não; desses de circo talvez e não falo da morte
somente a da lagarta, porque depois surge a borboleta


o des-carnado
(ele existe)

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