Bruno Ziemerhoff - Poesia O lendario Cavaleiro Alforreu

Eu sou Bruno Ziemerhoff( Ou se preferirem só Zieme)o endereço do meu blog é pixainn.blogspot.com

A Poesia Abaixo descreve uma das minhas personagem, chama-se o Lendario Cavaleiro Alforreu.

A mesma narra a historia de um ser que vive na epoca da escravatura e não é por ser negro,escravo, oprimido e etc deixa de ser letrado, poeta, profeta, politico, revulucionario.
Leiam como se o lendario cavaleiro alforreu estivesse contando sua historia e viajem ate sua epoca....
Boa leitura....




Lendário Cavaleiro Alforreu



Eu estava faminto, supondo a fúria que havia em mim.
De misericórdia dos pobres vivi sem fim
Que os crédulos caiam sobre as águas
Sobrevoem os oceanos e suas magoas

A cadência de um berimbau virtuoso, ritmado
O doce de uma flauta e sua falta
O arpejo glorioso de uma harpa

Não consigo interromper minhas mentiras mal contadas
Privilegio de quem nem mais se importa
Praguejo canções de maldizer pela sua porta

De coração dissimulado me sinto amuado
De pavor simulado eu fui machucado
Com minhas mãos no céu
E joelhos no véu

Prezado senhor da nova ordem
Perdoe o meu pesar que já esta pesado
Excomungando por vontade própria, massacrado
Vingais aqueles que estão indefesos

Migrados da terra de ninguém
Minados campos da imaginação de alguém
Forjados e estupros de suas almas
Milagreiro da virgem das calmas

Mensageiro da invocação de Deus
Ou qualquer vulgo a nos atribuído
De bom grado nunca fui concebido

Saqueadores da sabedoria de passagem
Interpreto a margura da personagem
Viajante dos elos esquartejados

Morungado da pesca do barqueiro
Avante arrasadores do navio negreiro
Que o banzo não penetre nos seus poros de Dendê
Fruto dos injustos, usuras de sapê

Catadores de poesias de cordel
Se misturam as noticias de Isabel
Suadas de Razões desarranjadas
Dizimadas das canções do vilarejo
Catástrofe dos anjos sem arpejo
Sacristia marombeira de um desejo

Gotejando as burrices de meus pais
Fracionadas as atenções na encruzilhada
Com o Santuário me perseguindo na madrugada

Destemido senhor do seu destino
Não abandonou as frustrações de menino
Fingidor das personagens desumas
Morador do paraíso não desengana
Proibidor sem gênio e censura

Traidor de Gabriel
Que nem sempre e fiel
Harpeio de Miguel
Cantador de Ezequiel
Letreiro das cartas enviadas
Ao céu corre foje com Manuel
Brigadeiro, brigador que se cansou
Flagelo e exemplo vivado

De mentira as palavras que dissera
Fragmentadara e mostrara que era possível
De sinfonia e trejeito impossível

A perfeição se consagra um defeito
Com as tantas medalhas no peito
Meritocrata consumado não tem mais jeito

Bruttus o abandonara no final
Primavera e verão eternizados
Dia-a-dia só se ouviu o bem e o mal

2 comentários:

Anônimo disse...

é isso!
de joelhos
as portas espreitam

wellington disse...

Gotejando as burrices de meus pais
Fracionadas as atenções na encruzilhada
Com o Santuário me perseguindo na madrugada... axo que vc eh tudo isso que me mostrou ... prazer eu sou Wellington Graça