AINDA NA QUARTA UMA BELA PRESENÇA






Não é toda noite que eu resolvo ser botafoguense.
Não gosto da idéia de estrela solitária.
Mas em um canto,
numa rua com nome de santo,
encontrei um bando de estrelas, várias.
Botafogo? Que nada. Brasil. Dando bandeira.
Poetas são estrelas.
Estrelas unidas dentro de uma bola azul céu.
Mas como chovia
(coisa de São Pedro de pirraça com São Manuel),
A faixa escrito ordem e progresso ficou molhada...
Então as estrelas saíram da bola azul pra inventar outras palavras.
Poetas são ouro.
Amarelo ouro.
Poetas no losango.
Mas poeta não entende muito bem de régua
e toda hora muda ponto de vista, de ângulo (isso mata os outros)...
Então as estrelas poetas vão para a mata. Verde mata.
...Álcool mata.Carne vermelha mata. Pensar mata. Rimar mata.
Viva!
Viva o poeta!
São tantas estrelas
tantos poetas no mato,
que outras até tem ciúme
rebaixam no ato o poeta à vaga-lume.
Viva o poeta!
Sem losango ouro,
sem céu azul,
Botafogo?
Cruzeiro.
(do Sul).
Eu torço.
Constelação constato,
poemas com ou sem título
(do campeonato).


Mas toda vez que estiver nublado, ou mesmo aberto,
não procuro poetas no céu.
Procuro por ratos.
Confesso.
Poetas são ratos,
uns indigentes.
Vou derreter um pra fazer pingente.



Carolina Lago

(a menina de cabelo curto que tava com uma amiga...memória de poeta é só pra poema...)

2 comentários:

dudu pererê disse...

ainda não consigo entrar nesse blog. onde preciso escrever ratosdiversos e libertas?

Marcelo Nietzsche disse...

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