RATOS NÔMADES

Pois na penúltima quinta feira celebramos o último RATOS DI VERSOS no boteco do Beco Mágico na Lapa, o Beco dos Carmelitas. Os RATOS são diversos e talvez por isso, nômades. Não cabem num bar só, só num beco ou num boteco. Do Beco do Rato veio até parte do nome. Depois, no Carmelitas, beco ao lado, paralelo, de frente para o desfile da Lua, lá sim os RATOS se espalharam!
Durante os incompletos 3 anos desse divertido trabalho, dessa bagunça feliz, pudemos entender a regra que a desordem traz.
... É curioso ver a platéia se transformar em palco. Ver uma oração aos deuses da Poesia, é inesquecível. É maravilhoso, de vez em quando, ver o microfone vazio............................................. ele lá no tripé..................... e de potência Catáldica............... esperando que alguém o toque................
“- Microfone Aberto!” já virou coro em quase todos os encontros de poetas do Rio, e no RATOS já está subentendido. Desde o começo até o fim é assim: microfone escancarado, arreganhado de tão aberto, isso sim essa religião prega demais. As atrações espaciais não são previamente anunciadas, primeiro porque são muitas, e também ninguém sabe quem poderá chegar. A ordem se faz na hora, até a fila surge -quando na empolgação do verbo, na astúcia do pensamento sagaz, no delírio da palavra, no momento after à sensação- o microfone se disputa. “Qualquer criança brinca qualquer criança se diverte!”, RATOS DI VERSOS é pop? Não sei.
Os RATOS agora estão em busca de nova toca. A idéia é lançar mão novamente do plano RATOS DE LABORATÓRIO, fazendo em diferentes locais antes de fixar residência, alugar um quarto ou arrendar uma quitinete. Que continue no Centro que é mais mão para todo mundo. Quem tem idéia de uma toca com a nossa cara? Verbologuem!


Dudu Pererê

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