Poema Coletivo- RATOS di VERSOS -Beco do Rato - 25/07/07

os RATOS saudam os amigos
e as mulheres negras
RATOS fazem de seus versos
como roedores perversos
dividir queijo entre eles

mulheres! mulheres de todas as
cores! de todas as torcidas, de
todas as mordidas, quero-as
todas despidas! todas queridas!
para todas as vidas!

RATO diverso é sangue
bom, só transmite poesia,
poesia, poesia...

poesia é terra. chão. mar.
poesia são pés descalços,
descobertas
chuva, suor e cerveja
meta-poemas não!
poesia são amigos, vida
gente!

barcos na ága, lanternas acesas,
luz fria da noite que aquece a alma.
brilho salgado no corpo,
e a esperança de voltar pra casa com o almoço.

poesia, poesia.
há em mim um lugar onde me resto
ciesta
à rede, vem a mim, venha!
horizonte consatante, cortante
interrompe, assim, o sonho infinito
da velha canção calada.
é o sonhodo velho gigante distante
não morto, amarrado
a cala é uma cela.
falo ou não falo?
liberto ou descubro?
prendo tudo, me rendo
ao escuro. a cura
tá onde? na luz
que liberta ou
no breu que acoberta
não sei, tanto faz...
ou se aceita logo
a pá de cal ou
se poeta num
tímido horizonte
um legítimo cays.

janto retratos de dedos
enquanto pingo vela nos olhos.
arranco os cabelos nas esquinas
amanhecendo récitas em ratoeiras
etílicas cantando o frio de Varsóvia
aonde descansam assassinados meus
ascendentes...

quentes, tão quentes
saio na rua e me perco
multidão e esterco
o barco não pode afundar
a canoa não pode virar
a moto não pode sair a corrente
e o carro não pode enguiçar
o poeta que é poeta
não podee não deve
jamais
parar de rimar
pois parar de rimar
pois com ele a poesia
sempre estará no ar

com ratos e sem mulé
roend queijos mas que barato
mesmo que baratos roam em pé
com ratos e com mulé
raros ratos e suas belas mulheres
queijos raros, vinhos cabernet
dividindo o mesmo espaço
vendo pinturas da lapa esqueço monet
a conexão poético circense.

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