Poema Coletivo de 24/01/2007

o ar que contamina
dissolve o silêncio dos lábios
e seca, o que alucina
a piscina do sorriso em minha boca
engolida agora por teus dentes
em todo abraço que pulsa
no peito.
coração que bate sem jeito; o meu.

nado no poema
mergulho na poesia
emergindo do esgoto
RATOS no topo
quarta sim, quarta não
e foda interrompida
meta tesão.
poesia construida a tapa
na Lapa
vejo só
meu olhar refletido
na garrafa
o gosto: paladar, toque, sons, cheiros
cores
mergulho no nada
para encontrar tudo
vida, liberdade e democracia

vida, me diz: posso ser som, posso ser?

Salve. Salvemo-nos!
ABRA-se selva selvagem abrace cou conhecer a verdade que dentro arde
viva da arta meu profundo amor
amor doente
carente de saber

doente do entre que há em
ti estou doente
do dente que morde
teu perfume que
não posso sentir de perto
é difícil ficar ao seu lado

ah! esse teu/meu "olhar de ressaca"
mas do que sorrateiro... envolvente
às vezes quero tê-los... às vezes temo por eles
muitas vezes, os temo.

do meu lado direito
no meu ombro canhestro
uma pomba branca delicadamente
os grãos que come do meu
olhar estaziado

álcool subiu coragem....
cresceu!
a donzela não sabe porquê...
mas sorriu!
o sorriso acaba de falecer
sem deixar herança....

2 comentários:

Anônimo disse...

ficou ótimo esse pequeno coletivo.
tem coisas lindas.
valeu juba pela organização.

DALBERTIANDO disse...

Fenomenal!
Que tal pensar em edita-los em livro.
Valeu ratos!