Poema Coletivo - Ratos di Versos-Beco do Rato - 13.06.07

martelei o vento e não doeu
engraçado...
eu taquei uma pedra no vento
e ele nem ui,
eu tentei colocar uma costela no vento,
ela não sustentou e caiu...
e o vento levou
o meu susto e a minha estupefação
cansando-me de mim
mas não de minha angústia
que tinha o poder de mim
hurricane...
oposição
vento meio
invertebrado
grávido
gasoso
martelado.
enraizado na pedra engraçada
com as minhas costelas ao vento
a minha angústia era estupefata enquanto
meu corpo se rasgava e caia no solo
aonde nasceram ervas daninhas.
daninhas de danarem-se...
danem-se os homens que não sentem
o que devem sentir
danem-se os olhos
os outros
eles,
nós
e àqueles

dane-se a maioridade
e a falta de vergonha

dane-se o que não se
dana
pedra!

pedra, limo, limão
o sonho dana o vento
a pedra dana o leito

pedro carrega pedra
pedro joga pedra
pedro é carregador
assim no mundo em pedras
pedro, pedra, vida
dana-se aquele que atira
a pedra em seu próprio espelho
facinho. facinho...
quem não se conhece é
que te compra.
ah! coitada!

onde é que eu fui amarrar meu jegue!!!
viva antônio, homem santo que
que promove encontro de vidas e
reúne sonhos em comum

vamos em busca do "novo homem"
vamos em busca da "nova mulher"
vamos gerar a nova geraçãp
de meninos e maninas, pequenos
brasileirinhos que herdarão esta
terra verde-amarela

de tanto amor
de tanto pensar
falta o amor
falta o amor
falta o pensar
sobra o estar

prazer, prazer
é estar aqui
Beco dos RATOS
é um fato:
um pedaço de
Brasil cultural

viva a poesia
viva a vida
busquemos a ação
o amor está no ar

poetas, biriteiros, seresteiros.

auto-retrato
como ir a fundo
se eu não tenho fundo
como, tendo o mundo nas mãos
nada a ter no mundo

pra que ler a história
se eu já sei o final
como rir da piada
se já me contaram uma versão quase igual

como querer resolver o problema
se eu desmistifico antes o fim

como vencer
se eu me adianto
e chego sempre
antes de mim?

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