o esgoto me cuspiu
e a água me limpou!
esgoto-água
água-esgoto
prá onde será que eu vou?
onde meus pés estiveram, lá estava
minha raiz pura, mearfa me
lança nas asas da vida do vento
e do sol
paulo otávio parece que viajou pra alemanha,
baixo, lapa, até mesmo o copo gelado, já eram.
eles foram e nós ficamos. aqui, reiventando
outros lugares pra ir, outros bares pra se jogar.
a gente se joga, joga porra e palavras por
estas calçadas, e como jogamos as palavras!
e como nos jogamos por aí e finjo
que nem sei por onde e me jogo. eu fui.
e acabei fondo
porquê tudo de repente fico tão diferente
porquê o desbotado da noite
o frio, a dor profunda no peito
suspiro profundo
pois bem, digo então
digo que bestificada não fico mais
não permito que me derrube
não me pertube
vá embora, FDP
e não volte mais
salve os RATOS!
longa vida a rataria!
roam muitos amarros de
humana hipocrisia
faam a festa qu o mal
humor predatório é bobeira.
RATOS
saiam dos sapatos
dos cidadões civilizados
venham para o BECO
falar poema e fazer eco
a torto e a direita...
esquerdo também vale
somos RATOS
RATOS poetas!
estar nos an(u)s dos RATOS
enfiar-se inteiro
estar por dentro
até atingir o gozo poético
de níveis insuperáveis
de extase e devassidão
ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... é bom estar
nos anais!
por onde anda
quem caminha
nos sapatos
esconde os rastros
de sua chegada
ao léo o rumo seria
ratoeiras serão desarmadas
antes que dê mofo no queijo
e o dentão irá ter cárie!
os RATOS não são sérios
serão etéreos? talvez
Longa vida aos RATOS!!!
RATOS que são luz,
RATOS são top
RATOS são.
será que são?
será que senão?
sei lá que são.
são poema final.
afinal, RATOS são!
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