!! __Good Morning Mister Saraval__ !! ...alguém sobreviveu? tá vivo aê? alô!! mas será que tem alguém em casa, héin?!...
MaJáSaquei!! Tá essa rataria toda aê, tudo di ressaca, né?!! HORA DE JUNTAR
AS PEÇAS, MONTAR O LEGO DAS PALAVRAS, FAZER CASINHA, NAVEZINHA, CARRINHO, E O QUE MAIS A IMAGINAÇÃO MANDAR !! IMAGINAÇÃO TÁ MANDANDÔÔÔ !! Acorda seus... seus... seus ratos!!! Já tem gente na Lapa esperando alguns versitos na orelha!! Vombora cambada, botar pra quebrar, héin?!...
RATOs DiverSoS: tududinovo !
versos e conversas das 20:26 hs de 5ª _até... inclusive !
!! essa Quinta ñ é 2ª - é a 1ª !!
Ratos Di Versos - Onde?
Sinuca Tico Taco Da Lapa E por que não dizer...
Rua da Lapa, 141 !! Tamujuntão memo !!
Rio de Janeiro
!! [20 + 14] = 03/JAN !!
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Ratos, penetras na festa de Noé. Fecundos em idéias, no breu da noite sorrateiros pelos becos saem para disseminar a palavra.
Doença da Peste transformar palavra em Poesia.
Ratos traçam o que der e vier, todos são benvindos, podem falar o que quiser.
Farejadores de ouvidos atentos, no Beco nunca surge mau tempo. Seja de laboratório ou de sarjeta, aqui todos são aninhados , renindo os diversos versos num só universo. ANO NOVO LAVOU TA NOVO DE NOVO e que qui o ovo tem com isso? NADA, NADA, meu amor
Num quis saber de senso ao tempo, naquele instante num pensei em fulinha... - aquele calendário que minha vó mantinha, eram orações e prédicas diárias, um calhamaço obsceno de trezente-sessentei-cincodias, papel pra ser puxado, celulose pra virar lixo, mas há quem goze com um dia lindo a se esvair - a explosão de Hiroshima, era mensagem direta do alhures ao momento imediato, tempo-templo, monumento prestes a se auto-destruir.
Pois é... Num pensei em fulinha pra num ver os dias passarem... Tempo-vento, já faz quase um ano, se já fez meio século foi na ventania. A gente rasga o dia, a tarde cai sem me lembrar das horas, a gente conversa e toma uma cervejinha, na praia bate a noite e, suave, a brisa traz de volta - aquele mesmo dia maldito para novamente ser jogado fora. Definitivamente: não topo com essa de fulinha...
Se vi? Não. Não olhei. Num olhei nos ponteiros, pois inoportunas eram horas, minutos, segundos... O tempo não importa, a imagem é tudo - tempo eu tinha, contudo num vi. Porque ponteiros haveria de serem vistos? se não são quistos, são esquisitos, e podem até me envelhecer!!
Perguntei-me seriamente se já um era hora de ter meu relógio roubado - um trombadinha, um pivete, alguém que me queira... rejuvenecer.
Enfim, os celulares já não fazem tic-tac, mas tic-tac, tic-tac, horas, minutos, segundos mais tarde - Bateu meia noite! Soube da chegada pelo bocejo da criança e pelos dedos impacientes cutucados a mesa. Soube pelos fósforos riscados e pelos rojões já posicionados! Soube pela fila do banheira, soube pela ansiedade dos meliantes! Soube pelas rolhas de champanhe, pelas roupas brancas já manchando-se de vinho, soube pelos abraços fraternos, pelos beijos trocados, os pés descalços na areia e os eternos sete pulinhos sobre o vai-e-vem das ondas, soube pela algazarra generalizada e soube pelas flores jogadas pra iemanjá.
Já! - meia noite era tempo presente, entidade assumida de pronto, cavalo que desce logo após uma contagem regressiva inebriante, hipnose coletiva que me levou pelo transe a ver vidas passadas. Eu era o tempo passado, tempo de quando eu era moçárabe de Al UshBona, eu era o guerreiro de Zambi pelas savanas, eu era índio Puri pelas selvas... Tanto tempo que eu era resumido em um só - Já! Já era, menino, o tempo passado já num era tempo para se voltar.
num boteco sujo do centro
tiro é tiro
busca descansar
se liga coroa
é tipo assim, ó:
Maiakoviski
Aa vVerAa
Foi por onde avancei - fissuradaço por ela, e sempre nessa esperança. Aquelas suaves lembranças ganharam peso nas noites quentes, quando o reino da mão ardente sobre seus seios, vieram de encontro aos meus anseios de vida, e tudo isso a materializar-se em nossos gritos, o eco infinito que da boca ressoa, a descabelar as velhinhas solitárias, tirar comentários indignados dos coroas, até apavorar a vizinhança toda, até provocar risos nos passantes, gargalhadas nos notívagos já bêbados pelas ruas... Naquelas ruas, onde Vera tantas vezes embriagada tirava as roupas fora, para que todos a vissem nua, mais ou menos por ali onde sempre circulo, por ali por onde continuo a vagar na certeza de que ali sempre estará Vera: na próxima esquina, no próximo bar, talvez no cinema... É preciso procurá-la, mesmo que ela não exista, é preciso encontrá-la, é preciso vê-la espelhada na multidão de mulheres que conheci na tentativa de retê-la: super-fêmea que me completa avera! Ai que delícia, Vera !!